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12/06/2009 - 16h14

Taleban assume ataque a hotel de luxo e outros atentados no Paquistão

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colaboração para a Folha Online

O porta-voz do grupo fundamentalista islâmico Taleban no Paquistão, vinculados à rede terrorista Al Qaeda, assumiu nesta sexta-feira os atentados suicidas praticados na terça-feira passada contra um grande hotel de Peshawar dois ataques realizados nesta sexta.

Entenda a origem dos talebans do Paquistão

"Atacamos o hotel Pearl Continental de Peshawar porque se hospedam nele estrangeiros que conspiram contra o islã e os taleban", declarou por telefone, de um local desconhecido, um porta-voz do Movimento dos Talebans do Paquistão (Tehreek-e-Taliban Pakistan).

Os autores do ataque em Peshawar chegaram na noite de terça-feira ao hotel cinco estrelas, a bordo de dois veículos. Eles mataram os seguranças do hotel e, assim, conseguiram chegar ao estacionamento sem serem revistados. Lá, um deles detonou cerca de 500 km de explosivos que estavam em uma camionete, matando nove pessoas --o governo chegou a anunciar que houve 18 mortes, mas revisou os números.

"Também nos responsabilizamos pelo atentado suicida contra Sarfraz Naeemi", acrescentou, referindo-se ao chefe religioso crítico aos talebans que foi assassinado por um suicida em Lahore.

Naeemia foi assassinado por um homem-bomba se explodiu no escritório dele logo depois do final das tradicionais orações de sexta-feira, segundo a polícia. Duas pessoas morreram e seis ficaram feridas.

O líder islâmico recentemente havia condenado a série de ataques atribuídos aos extremistas e apoiou a operação do Exército paquistanês contra o Taleban no vale do Swat. O irmão dele, Mohammad Tajwar, disse que o clérigo recebeu ameaças de morte nos últimos dias.

O segundo ataque realizado nesta sexta que foi reivindicado pelo Taleban aconteceu quase ao mesmo tempo, na cidade de Noshehra, que fica na volátil região noroeste do país, próximo ao Swat e ao cinturão tribal na fronteira com o Afeganistão, onde existem fortalezas da rede terrorista Al Qaeda e do Taleban.

Os terroristas jogaram um veículo carregado de explosivos contra a parede de uma mesquita, em uma região da cidade onde vivem oficiais militares.

"Tememos que existam mais mortos. Estamos esperando pelos equipamentos para remover os escombros", disse o policial Aziz Khan.

A violência tem crescido em todo o Paquistão depois de o Taleban prometer fazer uma campanha de atentados em retaliação à ofensiva no vale do Swat.

O Exército informou ter matado mais de 1.300 militantes durante a ofensiva lançada há um mês contra o domínio do grupo fundamentalista Taleban sobre o vale e regiões vizinhas, no noroeste do país.

A ação contra o Taleban aconteceu depois que os EUA pressionaram o governo paquistanês a agir diretamente contra os extremistas islâmicos,em vez de continuar com a política, adotada principalmente após 2006, de fazer acordos de paz com líderes talebans. Essa estratégia tinha levado o grupo a assumir o comando de fato de vastas regiões do país.

Lançada em abril, quando o Taleban já avançara até o distrito de Buner, a menos de 100 km da capital paquistanesa, Islamabad, a ofensiva em Swat aparentemente está sendo bem sucedida, mas teve o efeito colateral de elevar o número de refugiados no Paquistão, que, segundo a ONU, chega a 2,5 milhões.

Panetta disse que a CIA está consciente de que, uma vez que se veja cercada no Paquistão, a rede Al Qaeda poderia transferir os seus dirigentes para outros países, como o Iêmen e a Somália, que têm grandes partes do território sem controle dos governos.

Com agências internacionais

Comentários dos leitores
ROBERTO WILLIAM BANGOIM (80) 01/02/2010 22h08
ROBERTO WILLIAM BANGOIM (80) 01/02/2010 22h08
Nao irá demorar , como alguns já disseram, o povo afegao irá perceber a ameaça....os interesses dos EUA E ALIADOS nao passa de interesses economicos num pais governado por corrupto e 'súdito dos BUSH. Obama demonstrou no seu nobel da paz a sua preferencia pela guerra. ORWEL estaria dando risadas pela contradicao que estamos assistindo no mundo. O premio da paz, faz e defende a guerra. E com certeza teremos insurgencias dos soldados afegaos para o combate contra o invansor. O episódio nao foi um incidente... foi um revide. Em breve teremos um reviravolta do povo afegao. Teremos muitas insurgencias das tropas para defender o pais do invasores... é só esperar para ver...está saindo do controle.... sem opinião
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Vitor Hugo Medeiros De Luca (2) 01/02/2010 10h17
Vitor Hugo Medeiros De Luca (2) 01/02/2010 10h17
Gostaria de aproveitar esta notícia para parabenizar o tão respeitado prêmio Nobel, por conceder um prêmio Nobel da Paz a uma pessoa que um mês depois de receber o prêmio envia mais 30.000 soldados ao Afeganistão e agora quer mais US$ 163 bilhoes (R$308 bilhoes) para fazer guerra.
O EUA tem vários interesses no Afeganistão, todos bem longe de pensar na dignidade do povo Afegão e é por isso que eles vão continuar tampando o sol com a peneira. Além disso, Obama não conseguiu liderar um acordo em Copenhaguem (e nem quis) sem falar da rodada Doha e do protecionismo - criticado por todos - feito à economia dos EUA na reforma pós crise econômica. Ainda prefiro Obama a John Maccain, mas ele está MUITO aquém das expectativas. Não tenho dúvidas de que Zilda Arns merecia este prêmio muito mais do que Obama, mas talvez a simplicidade dela não caiba no jogo de interesses deste prêmio.
26 opiniões
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Marcello Sokal (107) 01/02/2010 09h00
Marcello Sokal (107) 01/02/2010 09h00
E viva a alta tecnologia!.Será que os pretensos "donos do mundo" ,que se dizem tão evoluídos.não conseguem identificar quem é quem no campo de batalha?. O "fogo amigo" não é raro em áreas que os U.S.A atuam,bastar acompanhar os noticiários,estão longe de ser o que apresentam nos filmes, para iludir os tolos de cabeça fraca. Vão perder essa guerra,a do iraque e terão de botar o rabo entre as pernas e cuidar de seus próprios assuntos.Essa de "xerife do mundo" não é mais viável, essas guerras e intervenções a tempos vêm exaurindo o país - e seus contribuintes (manipulados pelo governo mentiroso) - a derrocada é inevitável.Até o próximo século as coisas serão bem diferentes,espero para melhor. Os U.S.A quiseram ser uma nova Roma,mas não conseguiram e nunca conseguirão seu intento. Falando em Roma,esse império governou por 1.000 anos e os U.S.A?. 55 opiniões
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