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Confrontos deixam ao menos 40 mortos no sul do Sudão
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colaboração para a Folha Online
O governo da região autônoma do sul do Sudão informou neste domingo que dezenas de pessoas morreram ou ficaram feridas nos confrontos da última sexta-feira (12) entre as forças de segurança regionais e uma milícia tribal.
O diretor do escritório do governo da Província do Alto Nilo, Rik Riko, disse à imprensa que milícias do Exército Branco, pertencentes à tribo Al Nuer, a segunda maior da região, atacaram uma caravana de ajuda humanitária da ONU (Organização das Nações Unidas) protegida pelas forças regionais do Exército Popular para a Libertação do Sudão (EPLS).
Segundo Riko, o comboio tinha saído da cidade de Malkal, capital da província, e foi atacado na região de Al Nasser.
O ministro de Informação da Província Nilo disse que o ataque deixou ao menos 40 pessoas mortas, incluindo soldados do EPLS que escoltavam o comboio.
"Mulheres e crianças que estavam nos barcos também foram mortos, atingidas por balas ou afogadas depois de terem pulado no rio", disse o porta-voz do EPLS, Mallak Ayuen Ajok.
"O ambiente está extremamente volátil. Há sinais de que Al Nuer está se preparando para retaliar", disse uma fonte da ONU sob condição de anonimato.
A ajuda humanitária transportada nos caminhões era dirigida à população civil, que em abril sofreu as consequências dos combates entre as tribos Al Nuer e Al Morli, desencadeados pelo controle das fontes locais de irrigação e das pastagens para o gado.
Riko disse que o ataque aconteceu depois que membros da tribo Al Nuer espalharam o rumor de que na caravana da ONU havia armas e munições.
Após o ataque ao comboio, o EPLS interveio, gerando os atritos que mataram ou deixaram feridas dezenas de pessoas.
Centenas de pessoas foram mortas e mais de 135 mil foram desalojadas no sul do Sudão em 2009 em uma onda de assassinatos tribais, agravados pelo descontentamento político e duas décadas de guerra civil.
Com Efe e Reuters
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