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15/06/2009 - 09h15

Itália investiga grupo fascista de patrulha cidadã

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da Folha Online

A Procuradoria de Milão, na Itália, investigará as "rondas negras", grupos de vigilantes integrantes do grupo fascista ultradireitista Movimento Social Italiano Direita Nacional (MSI-DN) --fundado por Gaetano Saya, criador de diversos partidos radicais e processado em 2004 por difundir ideias de superioridade e ódio racial. Entre as ideais defendidas por Saya está a de que os imigrantes são um perigo para a "nossa raça" --o que sugere o risco do grupo vigilante em um país com alta taxa de imigrantes.

Segundo reportagem do jornal espanhol "El Pais", Saya explicou em uma entrevista que as rondas cidadãs receberam mais de 2.000 inscrições e continuam crescendo --sobretudo entre os ex-membros das forças de segurança italianas.

"Somos apolíticos. Nem negros, nem verdes, nem amarelos", disse Saya, que afirma que o único objetivo do grupo é ajudar os cidadãos patrulhando as regiões com menos segurança e informar qualquer contravenção às autoridades.

A espera de uma autorização do governo para iniciar as patrulhas, os integrantes do grupo afirmam que estão organizados e preparados para obedecer a seu comandante. O uniforme, segundo foto do jornal italiano "La Repubblica", também está pronto --roupa branca com detalhes em preto e uma águia imperial romana --símbolos do fascismo.

As fotos dos vigilantes uniformizados causou polêmica na Itália e critica da oposição que chama as patrulhas de "delírio" fascista. Um dos procuradores de Milão, Armando Spataro, chefe do grupo de combate ao terrorismo, afirmou que formalizará a acusação de apologia ao fascismo contra os integrantes do grupo nos próximos dias.

O ministro do Interior, Alfredo Mantovano, afirmou que as patrulhas não serão permitidas legalmente --já que a lei não permite aos voluntários expressar apoio a grupos políticos, organizações sindicais e times de futebol.

 

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