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17/06/2009 - 16h46

Israel nega pedido para estender prisão do presidente do Parlamento palestino

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colaboração para a Folha Online

Procuradores israelenses não conseguiram convencer um tribunal militar nesta quarta-feira a prorrogar a prisão do presidente do Parlamento palestino, Abdel Aziz Dweik, cuja libertação deve acontecer em dois meses.

Israel prendeu Dweik e dezenas de outros políticos do Hamas na Cisjordânia em 2006, depois que homens armados do grupo islâmico radical palestino raptaram o soldado israelense Gilad Shalit na fronteira de Israel com a faixa de Gaza.

A operação paralisou o Conselho Legislativo da Palestina, que havia sido dominado pelo Hamas no início de 2006, quando o grupo derrotou a facção laica Fatah, do presidente da Autoridade Nacional Palestina (ANP), Mahmoud Abbas.

Os membros do Hamas acusaram Israel de tentar pressioná-los para libertar o soldado, que continua em cativeiro.

Dweik, 60, foi cotado pelo Hamas como um possível candidato à Presidência, embora mediadores ocidentais tenham rejeitado negociar com a liderança política do Hamas, que não reconhece o Estado de Israel.

Um porta-voz militar israelense disse que Dweik, que foi condenado a três anos de prisão por seus laços com Hamas, iria ser libertado quando sua sentença fosse cumprida, depois que o pedido dos procuradores para mantê-lo preso ter sido rejeitado.

O advogado de Dweik, Osama al Saadi, disse que seu cliente deve ser libertado em 6 de agosto.

A situação de Shalit foi um dos temas da campanha eleitoral para o Knesset (Parlamento de Israel) em fevereiro passado, e o governo israelense é pressionado pela opinião pública para conseguir a libertação do soldado, capturado quando tinha 19 anos.

Em um país em que o serviço militar obrigatório é visto como parte fundamental da cidadania, a segurança dos soldados tem importância central no debate público. Em 2006, Israel foi à guerra contra o Líbano após a captura de dois soldados pelo grupo islâmico xiita Hizbollah.

A Segunda Guerra do Líbano, como o conflito ficou conhecido em Israel, matou mais de 1.200 libaneses, deslocou cerca de 1 milhão de pessoas no país árabe e destruiu grande parte da infraestrutura do país. Várias cidades israelenses também foram bombardeadas por foguetes lançados pelo Hizbollah.

Em 2008, o grupo xiita anunciou que os dois soldados estavam mortos, e seus corpos foram trocados por prisioneiros ligados ao movimento islâmico.

Em março, o jornal kuwaitiano "Al Jarida" informou que o Hamas tinha em seu poder um vídeo no qual o soldado israelense Gilad Shalit aparecia vivo e em boas condições de saúde.

Com Reuters

 

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