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Oposição iraniana não cede e milhares voltam às ruas de Teerã
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JAVIER MARTÍN
da Efe, em Teerã
Decididos a não deixar os protestos apesar da pressão das autoridades, milhares de iranianos voltaram nesta terça-feira às ruas, pelo quarto dia consecutivo, para pedir novas eleições presidenciais.
Testemunhas contaram à agência Efe que o ímpeto que caracterizou as mobilizações desde o início, nesta quarta ficou denegrido devido à tristeza pela morte, há dois dias, de ao menos sete pessoas após uma manifestação que reuniu cerca de um milhão de pessoas.
Mesmo assim, se repetiram as cenas dos braços alçados, "V" de vitória na mão e fitas verdes no punho como as que hoje exibiram alguns jogadores de futebol, entre eles dois que defendem o Osasuna, da Espanha, e a seleção do Irã.
Os manifestantes, sempre segundo o relato das testemunhas já que a imprensa internacional também não pôde estar presente, marcharam em silêncio para o norte da cidade, através de uma grande avenida, levando retratos do líder da oposição, Mir Hussein Mousavi. Alguns outros erguiam cartazes em que, segundo as mesmas testemunhas, se podia ler: "Onde está meu voto?".
A manifestação foi de novo considerada ilegal pelo Ministério do Interior, que apesar dos esforços parece não poder evitar a determinação dos opositores, que prometeram seguir adiante com os protestos. Líder da chamada "maré verde" Mousavi convocou para esta quarta-feira (17) um dia de manifestação e luto pelas vítimas da repressão policial durante os últimos dias.
Em comunicado publicado em seu site, ele pediu a todos os iranianos que se aproximem das mesquitas e marchem de forma pacífica pelas ruas para honrar "os mártires e os feridos nos eventos recentes".
Mousavi se autoproclamou vencedor nas eleições presidenciais de sexta-feira passada (12) pouco depois do fechamento dos colégios, e denunciou uma fraude maciça a favor do rival, o atual presidente Mahmoud Ahmadinejad, a quem o Ministério do Interior concedeu um surpreendente triunfo por maioria absoluta.
Desde então, o Irã foi cenário de protestos e distúrbios entre a oposição e as forças de segurança --apoiadas por milicianos islâmicos-- que deixaram ao menos sete mortos.
Além disso, se desconhece exatamente o ocorrido durante o fim de semana nas instalações da universidade assaltada pela polícia e por grupos de milicianos islâmicos, que segundo os estudantes teria matado pelo menos cinco pessoas.
Oposição
Aos protestos se juntou nesta terça-feira com contundência o candidato conservador Mohsen Rezai, que deu ultimato ao Ministério do Interior para que sejam apresentados antes das 24h desta terça-feira os resultados detalhados das eleições. Em carta citada pelo canal PressTV, Rezai se queixa de que o atraso do ministério impede aos candidatos apresentar uma queixa formal ao Conselho de Guardiães sobre o número de urnas que devem ser revistas.
Além disso, adverte que o atraso "gera dúvidas sobre a possibilidade de que tenha havido manipulação" e que caso seu requerimento não seja atendido, reivindicará a apuração de todas as urnas.
O Conselho de Guardiães, órgão que deve validar os resultados, admitiu que está disposto a realizar uma apuração parcial das urnas mais polêmicas, embora ainda não se saiba em quantas isso seria feito e por quanto tempo o processo seria atrasado.
O líder supremo da revolução iraniana, aiatolá Ali Khamenei, que no sábado apoiou o triunfo de Ahmadinejad, respaldou também a apuração, e pediu que no mesmo estejam presentes representantes de todos os candidatos.
Reeleito
Nesta quarta-feira, Ahmadinejad voltou a insistir que as eleições foram limpas e ressaltou que 25 milhões de votos confirmaram o apoio a seu governo. Em declarações ao fim do primeiro Conselho de Ministros realizado depois da polêmica reeleição, o presidente reeleito afirmou também que a alta participação foi um apoio do povo do Irã ao sistema teocrático.
"As eleições foram mais um marco para a República Islâmica. Um plebiscito em que 40 milhões de iranianos ratificaram os fundamentos da República Islâmica. Foram esses fundamentos que foram apoiados com os votos", completou.
Segundo o Ministério do Interior, Ahmadinejad teria vencido o pleito de sexta-feira passada com 63% dos votos, resultado que foi denunciado como fraudulento pela oposição.
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"O Parlamento iraquiano aprovou nesta terça-feira um acordo de cooperação marítima com o Reino Unido que permitirá o retorno de entre cem e 150 soldados britânicos ao sul do país árabe, para ajudar a treinar a Marinha iraquiana e proteger as instalações petrolíferas."
Este é o sinal obvio que os ingleses se apossaram das companhias de petróleo iraquianas após enforcarem Sadam Hussein e colocarem "testas de ferro e laranjas" da nova elite iraquiana. Como se não bastasse o exército iraquiano vigiará os poços para eles. Provavelmente, após o saque ao tesouro iraquiano, no lugar de ouro e outras moedas, os corsários os encheram de dólares cheirando a tinta. O Irã deve abrir bem os olhos, pois isso é o que é pretendido para eles também. É bom que a revolução dos aiatolás comece a educar seu povo maciçamente, a fim de não facilitar a invasão dos inimigos que sempre contam com que o povo esteja na ignorância.
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