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18/06/2009 - 08h16

Lula descarta manipulação na eleição iraniana

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MARCELO NINIO
enviado especial da Folha de S. Paulo a Astana

Enquanto prosseguem os protestos contra a reeleição de Mahmoud Ahmadinejad, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva mantém sua defesa da legitimidade do pleito. Para ele, o número oficial de votos recebidos pelo iraniano, acima de 60%, indica que não houve fraude, como acusa a oposição.

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Lula fez uma comparação com irregularidades no Brasil para reforçar seu argumento. "Acho impossível que alguém consiga manipular 30% dos votos. Nem no Brasil, nos Estados em que a gente sabia há um tempo que tinha mais eleitor do que população, era possível fazer essa manipulação."

A posição de Lula, durante uma pausa na visita oficial a Astana (capital do Cazaquistão), contrastou com a cautela demonstrada pelo chanceler Celso Amorim pouco antes. Indagado se o Brasil reconhecia a vitória de Ahmadinejad, ele disse que era preciso aguardar.

Amorim manteve cautela sobre o convite para viagem de Ahmadinejad ao Brasil, reforçado por Lula há três dias. Segundo ele, o reagendamento da visita marcada para maio --e cancelada na véspera-- espera o fim da disputa no Irã, com ou sem recontagem de votos.

Horas depois, Lula foi bem mais assertivo. Questionou o ceticismo de alguns países e insinuou que há um viés ideológico na reação a denúncias de fraudes eleitorais.

"Tem que ter alguma coisa engraçada que acontece no mundo que eu gostaria de ter explicações. No México, há pouco tempo, houve uma eleição, e a diferença foi de 1%", lembrou Lula, em referência à contestada vitória da direita no pleito presidencial de 2006.

"As mesmas pessoas que hoje fazem críticas ao Irã queriam que se respeitasse o resultado no México", disse Lula. "Não podemos esquecer nunca da primeira eleição do presidente Bush. As pessoas acataram o resultado, apesar das dúvidas."

Sob o olhar de Amorim, que acompanhou calado as declarações, Lula também teve um momento de prudência.

"Eu acho que a eleição aconteceu, [Ahmadinejad] teve uma vitória grande, e nós, cautelosamente, vamos esperar baixar a poeira, porque não é a primeira vez que um partido de oposição que perde reclama tanto."

Comentários dos leitores
Valentin Makovski (217) 03/11/2009 15h23
Valentin Makovski (217) 03/11/2009 15h23
Eu não duvido de nada, se os EUA em alguns anos, implantarem algumas bases de mísseis de longo alcance no Iraque, pois estão lá e tem mais de 100 mil soldados, agora lógico. A Russia esta fazendo o mesmo apoio ao Irã, Pra ser mais exato, a guerra fria ainda não acabou só mudou de época. Lógico com vantagem dos EUA, mas a Russia tem seus prô e contras, ainda tem tecnologia suficiente e possui o maior arsenal de bombas atômicas. EUA estão no paquistão não para combater o Taliban, estão presentes numa região que demanda conflitos eternos, e que sempre terá um para vender armas, e tecnologia. Sabemos de praxe Srs (as) que guerras são grande negócios, em valores astronômicos. Antes não se dava ênfase á aquela região, hoje em dia a região é estratégica para as super potencias, envolve muito dinheiro e conflitos a vista. Por isso tanto interesse e tanta movimentação bélica. sem opinião
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J. R. (1126) 18/10/2009 13h21
J. R. (1126) 18/10/2009 13h21
RU treina soldados iraquianos para proteger seus poços de petróleo.
"O Parlamento iraquiano aprovou nesta terça-feira um acordo de cooperação marítima com o Reino Unido que permitirá o retorno de entre cem e 150 soldados britânicos ao sul do país árabe, para ajudar a treinar a Marinha iraquiana e proteger as instalações petrolíferas."
Este é o sinal obvio que os ingleses se apossaram das companhias de petróleo iraquianas após enforcarem Sadam Hussein e colocarem "testas de ferro e laranjas" da nova elite iraquiana. Como se não bastasse o exército iraquiano vigiará os poços para eles. Provavelmente, após o saque ao tesouro iraquiano, no lugar de ouro e outras moedas, os corsários os encheram de dólares cheirando a tinta. O Irã deve abrir bem os olhos, pois isso é o que é pretendido para eles também. É bom que a revolução dos aiatolás comece a educar seu povo maciçamente, a fim de não facilitar a invasão dos inimigos que sempre contam com que o povo esteja na ignorância.
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J. R. (1126) 28/09/2009 14h07
J. R. (1126) 28/09/2009 14h07
Alguns não querem que o Brasil se aproxime do Irã, outros não querem que se aproxime do criminoso Israel, porém lembrem-se que estão num país que não tem rabo preso. O presidente do Irã virá, o ministro de Israel, Kadafi, Obama. Isso é liberdade e autodeterminação. De que adianta essa panacéia com relação ao mundo árabe? Nada. 1 opinião
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