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Lula descarta manipulação na eleição iraniana
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MARCELO NINIO
enviado especial da Folha de S. Paulo a Astana
Enquanto prosseguem os protestos contra a reeleição de Mahmoud Ahmadinejad, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva mantém sua defesa da legitimidade do pleito. Para ele, o número oficial de votos recebidos pelo iraniano, acima de 60%, indica que não houve fraude, como acusa a oposição.
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Lula fez uma comparação com irregularidades no Brasil para reforçar seu argumento. "Acho impossível que alguém consiga manipular 30% dos votos. Nem no Brasil, nos Estados em que a gente sabia há um tempo que tinha mais eleitor do que população, era possível fazer essa manipulação."
A posição de Lula, durante uma pausa na visita oficial a Astana (capital do Cazaquistão), contrastou com a cautela demonstrada pelo chanceler Celso Amorim pouco antes. Indagado se o Brasil reconhecia a vitória de Ahmadinejad, ele disse que era preciso aguardar.
Amorim manteve cautela sobre o convite para viagem de Ahmadinejad ao Brasil, reforçado por Lula há três dias. Segundo ele, o reagendamento da visita marcada para maio --e cancelada na véspera-- espera o fim da disputa no Irã, com ou sem recontagem de votos.
Horas depois, Lula foi bem mais assertivo. Questionou o ceticismo de alguns países e insinuou que há um viés ideológico na reação a denúncias de fraudes eleitorais.
"Tem que ter alguma coisa engraçada que acontece no mundo que eu gostaria de ter explicações. No México, há pouco tempo, houve uma eleição, e a diferença foi de 1%", lembrou Lula, em referência à contestada vitória da direita no pleito presidencial de 2006.
"As mesmas pessoas que hoje fazem críticas ao Irã queriam que se respeitasse o resultado no México", disse Lula. "Não podemos esquecer nunca da primeira eleição do presidente Bush. As pessoas acataram o resultado, apesar das dúvidas."
Sob o olhar de Amorim, que acompanhou calado as declarações, Lula também teve um momento de prudência.
"Eu acho que a eleição aconteceu, [Ahmadinejad] teve uma vitória grande, e nós, cautelosamente, vamos esperar baixar a poeira, porque não é a primeira vez que um partido de oposição que perde reclama tanto."
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"O Parlamento iraquiano aprovou nesta terça-feira um acordo de cooperação marítima com o Reino Unido que permitirá o retorno de entre cem e 150 soldados britânicos ao sul do país árabe, para ajudar a treinar a Marinha iraquiana e proteger as instalações petrolíferas."
Este é o sinal obvio que os ingleses se apossaram das companhias de petróleo iraquianas após enforcarem Sadam Hussein e colocarem "testas de ferro e laranjas" da nova elite iraquiana. Como se não bastasse o exército iraquiano vigiará os poços para eles. Provavelmente, após o saque ao tesouro iraquiano, no lugar de ouro e outras moedas, os corsários os encheram de dólares cheirando a tinta. O Irã deve abrir bem os olhos, pois isso é o que é pretendido para eles também. É bom que a revolução dos aiatolás comece a educar seu povo maciçamente, a fim de não facilitar a invasão dos inimigos que sempre contam com que o povo esteja na ignorância.
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