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Por reconciliação, líder supremo fará discurso em local de confronto no Irã
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da Folha Online
O líder supremo do Irã, aiatolá Ali Khamenei, deve fazer um discurso nesta sexta-feira (19) na Universidade de Teerã, local de confrontos entre estudantes oposicionistas e forças de segurança do governo no começo da semana.
A medida, anunciada pela milícia pró-governo Basij, é mais um esforço do aiatolá para apaziguar o clima de tensão política no Irã desde o anúncio da reeleição do presidente Mahmoud Ahmadinejad na eleição do último dia 12.
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Khamenei foi quem intercedeu no Conselho de Guardiães, um órgão legislativo de 12 integrantes que é o pilar da teocracia iraniana, para avaliar a denúncia de fraude da oposição, liderada pelo candidato reformista moderado Mir Hossein Mousavi.
AP | ||
Imagem cedida pela assessoria de Mousavi mostra apoiadores vestidos de preto em marcha de luto no Irã |
O Conselho rejeitou a proposta de anular a votação, mas aceitou fazer a recontagem parcial, das urnas contestadas pela oposição. Segundo um porta-voz do organismo, a oposição apresentou 646 queixas de fraude, incluindo a falta e o atraso na chegada de cédulas aos colégios eleitorais, pressão sobre os eleitores e o itinerário alterado de urnas em zonas rurais.
Diante da recusa da proposta e da continuidade dos protestos, o Conselho ofereceu esta quinta-feira uma reunião extraordinária com Mousavi e dois outros candidatos derrotados: o clérigo reformista Mehdi Karoubi e o conservador Mohsen Rezaie, um ex-chefe da Guarda Revolucionária iraniana.
Khamenei é visto assim como a brecha de apaziguamento com o governo de Ahmadinejad --que parece ignorar, propositadamente ou não, a crise política. Enquanto o presidente vai à televisão comparar os oposicionistas a torcedores de um time que perdeu e garantir a liberdade no Irã --enquanto expulsa jornalistas estrangeiros e proíbe posts em blogs e sites--, Khamenei insiste que a oposição busque os meios legais para os protestos e que não entre em confrontos.
A milícia Basij, que se envolveu em confrontos com oposicionistas que mataram ao menos sete pessoas nos protestos desta semana, declarou esta sexta-feira um dia para Irã renovar sua aliança com Khamenei. Mousavi clamou esta quinta-feira como dia de luto pelas vítimas dos confrontos e convocou partidários a usarem preto nas ruas de Teerã.
O luto é também pelos confrontos na Universidade de Teerã, ainda não esclarecidos pelo governo, e que, segundo os alunos, deixaram ao menos quatro mortos e mais de cem feridos.
O presidente do Parlamento iraniano, Ali Larijani, acusou o Ministério de Interior do país pelos distúrbios na universidade, assim como os outros ataques a civis, segundo a TV fundada pelo governo Press TV.
"Parece que as mãos escondidas estão trabalhando para alimentar a imprensa estrangeira com propaganda", afirmou, em um discurso pouco preciso.
Segundo a Press TV, o governo está investigando o que ocorreu na universidade. Os legisladores pedem a punição de quem perpetuou a violência e que haja compensação aos estudantes por suas perdas.
Ainda não há confirmação se o presidente Ahmadinejad participará do evento, mas ao menos três candidatos presidenciais confirmaram presença.
Luto
AP |
Líder supremo do Irã, Ali Khamenei, fará discurso nesta sexta-feira pela reconciliação |
Mousavi participou nesta quinta-feira da marcha de luto convocada em homenagem às vítimas dos confrontos entre manifestantes oposicionistas e agentes de segurança do Irã.
"Estávamos sentados diante do Ministério das Telecomunicações. Mousavi chegou às 18h local (10h30 no horário de Brasília). Saiu do carro e falou com a multidão", declarou uma testemunha.
Os relatos dos iranianos são o último meio de se saber o que acontece nos protestos, já que a o governo fechou o cerco contra a imprensa, expulsando jornalistas e agências de notícias estrangeiros e proibindo notícias em sites e blogs.
Mousavi foi acompanhado por dezenas de milhares de partidários vestidos de negro e verde, a cor da oposição. Eles carregavam flores em luto pelas vítimas enquanto caminhavam até a praça Imane Khomenei, uma grande praça no centro da capital que recebeu o nome do fundador da Revolução Islâmica de 1979.
"Que a paz esteja com Maomé e sua família", gritava a multidão em uma passeata ao sul de Teerã.
Os manifestantes marcharam em silêncio, a pedido de Mousavi, até chegar à praça onde alguns gritaram "Morte ao Ditador" e "Onde estão nossos votos?" --duas frases comuns nos protestos iniciados no sábado (13).
Reação
Os governos da União Europeia (UE) estudam divulgar nesta quinta-feira ou sexta-feira uma declaração comum sobre os protestos gerados no Irã, anteciparam fontes ligadas ao bloco europeu.
A situação no Irã, que já foi tratada por chanceleres europeus na segunda-feira passada em Luxemburgo, voltará esta noite à mesa dos países-membros e poderia se traduzir nesta quinta-feira em uma nova declaração, por ocasião da cúpula de líderes da UE em Bruxelas.
"É terrivelmente preocupante e certamente vamos discuti-lo. Acreditamos que deve haver uma investigação sólida" sobre uma possível fraude eleitoral, explicou a comissária de Relações Exteriores europeia, Benita Ferrero-Waldner.
Os ministros de Relações Exteriores dos 27 países-membros já haviam pedido às autoridades iranianas que investiguem as denúncias da oposição, durante o conselho de segunda-feira passada (15). Neste dia, a UE expressou sua "profunda preocupação" com a violência registrada nas ruas e "o uso da força contra manifestantes pacíficos".
Os 27 países-membros se limitaram, no entanto, a "tomar nota" tanto do resultado anunciado pela Comissão Eleitoral iraniano, que deu a vitória ao atual presidente Ahmadinejad, como das denúncias de fraude expressadas pelos candidatos reformistas, sem assumir uma posição.
Com agências internacionais
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"O Parlamento iraquiano aprovou nesta terça-feira um acordo de cooperação marítima com o Reino Unido que permitirá o retorno de entre cem e 150 soldados britânicos ao sul do país árabe, para ajudar a treinar a Marinha iraquiana e proteger as instalações petrolíferas."
Este é o sinal obvio que os ingleses se apossaram das companhias de petróleo iraquianas após enforcarem Sadam Hussein e colocarem "testas de ferro e laranjas" da nova elite iraquiana. Como se não bastasse o exército iraquiano vigiará os poços para eles. Provavelmente, após o saque ao tesouro iraquiano, no lugar de ouro e outras moedas, os corsários os encheram de dólares cheirando a tinta. O Irã deve abrir bem os olhos, pois isso é o que é pretendido para eles também. É bom que a revolução dos aiatolás comece a educar seu povo maciçamente, a fim de não facilitar a invasão dos inimigos que sempre contam com que o povo esteja na ignorância.
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