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10/06/2003 - 20h26

Toledo confirma libertação de 71 reféns no Peru

da Folha Online

Um grupo de 71 pessoas, entre elas funcionários da empresa argentina Techint no Peru foi libertado "são e salvo" de supostos membros de guerrilhas um dia após terem sido sequestrados em uma incursão à área onde trabalhavam, informou o presidente peruano Alejandro Toledo.

Reuters - 6.jun.2001
Alejandro Toledo, presidente do Peru
Informações anteriores diziam haver 60 sequestrados. Pouco antes, um oficial que pediu anonimato disse que o Exército encontrou os reféns às 13h (15h em Brasília) na selva, a 70 km da cidade andina de Palma Pampa.

Após colocarem os reféns em segurança, as tropas estavam se movendo para cercar os sequestradores, disse o oficial.

O presidente peruano leu um comunicado dizendo que os reféns foram libertados graças a uma operação "rápida, eficaz e de grande profissionalismo", e cumprimentou o ministro da Defesa, Aurelio Loret de Mola, pelo trabalho.

"Todos estão sãos e salvos, sem nenhum arranhão, inclusive os estrangeiros", enfatizou Toledo, lembrando que nada foi pago em troca da liberdade dos reféns.

Sendero Luminoso

O presidente atribuiu a autoria do sequestro à organização maoísta Sendero Luminoso e declarou que os demais membros deste grupo serão "derrotados pela força da lei".

Durante o resgate, alguns sequestradores conseguiram fugir para a selva da província de La Mar, departamento de Ayacucho.

"No Peru não tem ninguém sequestrado, nem reféns nas mãos de terroristas ou grupos criminosos", disse o presidente peruano.

Entre as pessoas sequestradas havia seis colombianos e um chileno que trabalhavam nas obras de um gasoduto na região.

Mais cedo, o governo peruano ordenou que as forças armadas assumissem o controle da ordem interna da zona do sequestro, localizada 600 km a sudeste de Lima.

Cerca de 300 membros das forças armadas e policiais foram enviados ao Departamento de Ayacucho, onde se encontravam os reféns, a fim de iniciar suas operações de resgate.

Em 27 de maio passado, Toledo decretou estado de emergência por trinta dias no Peru e entregou o controle do país às forças armadas diante da onda de manifestações de rua por causa de uma prolongada greve de professores.

Resgate

Segundo um dos reféns, a Techint pagou o resgate de US$ 1 milhão exigido pelos seqüestradores. Julio Aguilar também contou à RadioProgramas do Peru que não foi maltratado e que todos tiveram de carregar comida e explosivos para o local do esconderijo, na noite do sequestro.

Além do resgate de US$ 1 milhão, o Sendero Luminoso pediu equipamentos de comunicação e grande quantidade de medicamentos, principalmente antibióticos.

O presidente da região de Ayacucho, Omar Quesada, duvida de que não tenha havido confrontos armados e não sabe se os explosivos roubados pelos sequestradores foram apreendidos.

O assessor de imprensa da Technit, John Hartley, nega que a empresa tenha disponibilizado uma comissão para negociar o resgate.

O ministério da Defesa enviou à região helicópteros de ataque para sobrevoar a selva onde fica o acampamento da Techint, em Toccate, uma área montanhosa do departamento de Ayacucho. Além disso, 300 soldados e policiais especializados no combate às guerrilhas foram mobilizados, enquanto forças do governo protegiam as Províncias de La Mar e Huanta (ambas no departamento de Ayacucho), assim como as vizinhas La Convención (Cusco) e Chincheros (Apurímac).

Com agências internacionais

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