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19/06/2009 - 10h59

Nobel da Paz alerta sobre perigo de guerra civil no Irã

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colaboração para a Folha Online

A defensora dos direitos humanos iraniana Shirin Ebadi, 52, prêmio Nobel da Paz em 2003, alertou sobre o "possível início de uma guerra civil" no Irã e assegurou que "a calma só poderá retornar se as eleições forem anuladas e houver uma nova apuração", declarou em entrevista publicada nesta sexta-feira no jornal francês "Le Monde".

"Houve centenas de detenções. Um total de 500 em todo o país. Se o poder continuar reagindo tão brutalmente e sem inteligência, temo que aconteçam danos sérios e talvez o início de uma guerra civil", afirmou a advogada, juíza e escritora à publicação.

Tony Gentile/Reuters
Prêmio Nobel da Paz, a iraniana Shirin Ebadi alerta para o risco de guerra civil no Irã e diz que calma só retornará com novas eleições
Prêmio Nobel da Paz, a iraniana Shirin Ebadi alerta para o risco de guerra civil no Irã e diz que calma só retornará com novas eleições

Shirin, que dirige o Centro de Defensores dos Direitos Humanos, proibido no Irã desde dezembro do ano passado, assegurou que os voluntários da ONG continuam trabalhando no país e "tentam reunir informações e publicar comunicados em seu site da internet".

"São ameaçados e fustigados a cada dia e pedimos sem cessar que deixem suas atividades e saiam do país", acrescentou Shirin.

Ela saiu do Irã um dia antes das eleições, para participar de um seminário organizado em Madri e seguiu o conselho de pessoas próximas, que lhe recomendaram não retornar ao país para se reunir com sua família, dada a situação de agitação social.

"Sou mais útil no exterior do que dentro do país", onde o regime censura suas atividades, assegurou a Nobel da Paz.

ONU

A alta comissária para direitos humanos da ONU (Organização das Nações Unidas), Navi Pillay, pediu ao Irã nesta sexta-feira que controle a milícia islâmica acusada de violência contra manifestantes e alertou que a situação no país pode se deteriorar.

Pillay expressou preocupação sobre o número crescentes de ativistas de direitos humanos e membros da oposição presos desde a eleição presidencial da semana passada, e pediu às autoridades que sigam assegurem os direitos previstos em lei.

Cinco investigadores da ONU, em uma outra declaração feita em Genebra, disseram que há grande preocupação "com o uso excessivo da força polícia, com prisões arbitrárias e assassinatos" nos últimos dias.

Informações de que o acesso à mídia online e a páginas de relacionamento foi bloqueado também foram citadas como preocupantes.

Com Efe e Reuters

 

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