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Anistia Internacional diz que ao menos dez pessoas foram mortas no Irã
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colaboração para a Folha Online
A organização civil Anistia Internacional (AI), de proteção aos direitos humanos, afirmou nesta sexta-feira que ao menos dez pessoas foram mortas no Irã durante os protestos que tiveram início após a eleição presidencial da semana passada.
Mais cedo, a organização havia informado que o número de mortos chegava a 15. Mas, segundo uma recontagem "baseada em notícias e informações recebidas do Irã, até dez pessoas podem ter morrido nos enfrentamentos com as forças de segurança e as milícias armadas", diz um comunicado da AI.
"Além disso, ao menos quatro estudantes não se apresentaram na residência da Universidade de Teerã após o ataque [da milícia basij]."
Os números diferem dos oficiais, que indicam que sete pessoas foram mortas em choques com a polícia ou com milicianos.
Há uma semana, o Irã é palco de grandes manifestações e enfrentamentos entre as forças de segurança e a oposição, que denunciou uma fraude nas eleições presidenciais realizadas na semana passada.
Os partidários do líder opositor, Mir Hossein Mousavi, discordam dos resultados oficiais que atribuem a vitória ao presidente iraniano, Mahmoud Ahmadinejad.
Críticas
A AI também acusou o líder supremo do Irã, o aiatolá Ali Khamenei, de "legitimar a brutalidade" policial em seu sermão desta sexta-feira em Teerã.
No pronunciamento, Khamenei voltou a apoiar a polêmica vitória eleitoral de Ahmadinejad e qualificou de "inaceitável os enfrentamentos nas ruas".
O líder supremo disse à oposição que ela "será responsável pelo caos" se continuar com os protestos.
"Estamos muito preocupados com as declarações do aiatolá Khamenei que parecem dar sinal verde às forças de segurança para que reprimam violentamente a manifestantes que exercem seu direito a protestar e expressar seus pontos de vista", disse Hassiba Hadj Sahraoui, subdiretor do programa para o Oriente Médio da AI.
"Se nos próximos dias muita gente for para as ruas manifestar seu protesto, tememos que se exponham a detenções arbitrárias e ao uso excessivo da força, como ocorreu em dias passados", acrescentou.
"Que um chefe de Estado responsabilize pelas possíveis consequências em matéria de segurança manifestantes pacíficos e não as próprias forças de segurança constitui uma prevaricação e uma licença para eventuais abusos."
A AI lembrou ao governo iraniano que o Pacto Internacional sobre Direitos Civis e Políticos do qual Teerã é parte ampara expressamente o direito de reunião pacífica.
As forças da ordem "só devem fazer uso da força quando for estritamente necessário", afirmou também a AI.
Com Efe e France Presse
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