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21/06/2009 - 15h36

Presidente do Paraguai diz que é hora de repensar o celibato na Igreja

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da Efe, em Santiago

O presidente do Paraguai, o ex-bispo católico Fernando Lugo, que recentemente admitiu ter gerado um filho enquanto ainda estava na Igreja, disse que é hora "de repensar o celibato" sacerdotal. Em entrevista publicada neste domingo pelo jornal chileno "El Mercurio", ele afirmou que enfrenta "com serenidade" as denúncias de que seria pai de outras duas crianças.

Lugo disse ainda que Guillermo Armindo, o filho de 2 anos que teve com a jovem Viviana Castillo, "é um dom de Deus". Ele afirma ser pai de apenas uma criança --as outras duas paternidades que lhe atribuem são suposições, afirmou.

"É preciso assumir as consequências. Cada um é responsável por seus atos. Não podemos delegar responsabilidades de atos que nós cometemos, bons ou ruins, com erros ou sem erros. E fiz isso publicamente neste ano", acrescentou.

Lugo reiterou que "o celibato é imperfeito", mas ajuda os padres a "terem mais liberdade no exercício pastoral".

Apesar de ter assegurado que o celibato "é um valor dentro da Igreja que precisa ser resgatado como um sinal do reino de Deus", o presidente paraguaio afirmou que "é hora de repensar o celibato na América Latina e no mundo". "Acho que os últimos eventos deveriam chamar a Igreja Católica a uma serena reflexão sobre o valor do celibato dentro da Igreja."

Sobre sua experiência, Lugo afirmou que "há momentos na vida em que os afetos do amor não têm nem idade nem situação". "Às vezes, acontece de haver pessoas que fazem o coração bater mais rapidamente, e acho que tive situações assim."

No entanto, "questões que te fazem perder a cabeça, se apaixonar e mudar totalmente de vida, talvez essas não tenham se apresentado durante minha vida sacerdotal", afirmou. "Sim, há muitas situações, às vezes passageiras, sem muita força, que às vezes fazem você repensar sua vida e suas opções."

"Se há algo que não queria deixar nunca é a Igreja Católica, na qual nasci", disse.

 

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