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Vídeo amador transforma jovem morta no Irã em símbolo de protestos
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colaboração para a Folha Online
Morta por um tiro durante os protestos de sábado contra as supostas fraudes na eleição presidencial do Irã, a jovem iraniana identificada como Neda transformou-se símbolo da maior onda de protestos no país desde a Revolução Islâmica, que derrubou o xá Reza Pahlevi e levou o clero ao poder. Aos poucos, informações sobre sua vida também começam a ser conhecidas.
Assista ao vídeo com a morte de Neda (Atenção: contém imagens fortes)
A combinação da tradição de homenagem aos mártires que remonta à origem do xiismo --o ramo do islã predominante no Irã-- com as ferramentas de internet adotadas pelos manifestantes teve o efeito de dar a Neda o status de heroína instantânea dos protestos e exemplo da repressão imposta pelo governo e pela milícia Basij --grupo leal ao governo e ligado à Guarda Revolucionária.
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Capturadas por uma câmera, provavelmente de um celular, as imagens de seus últimos momentos --o sangue cobrindo o rosto, um homem que seria seu pai e outras pessoas a socorrendo em desespero-- foram exibidas milhões de vezes no site de vídeos Youtube e replicadas pela rede de microblogs Twitter e por blogs de todo o mundo.
Em seguida, as redes de TV internacionais exibiram as cenas, alimentando toda a cadeia de replicações. Em inglês, espanhol, alemão e farsi, milhares de mensagens dizem que a morte dela "não será em vão".
Neda é uma entre as pessoas que morreram nos protestos. A televisão estatal iraniana disse que dez pessoas foram mortas e mais de 100 feridas nas manifestações de sábado em Teerã, consideradas um desafio ao líder supremo do país, o aiatolá Ali Khamenei, que em sermão no dia anterior havia endossado a reeleição de Ahmadinejad. Ele disse que a oposição seria responsável pelo "banho de sangue" que poderia acontecer se as manifestações continuassem. Há informações não confirmadas de que houve mais de cem mortes desde o início dos protestos.
O escritório do procurador-geral de Teerã culpou "vândalos desconhecidos" pelas mortes. Segundo a rede estatal iraniana Press TV, a procuradoria disse que desconhecidos abriram fogo contra a multidão. Manifestantes acusam a polícia, e principalmente os basij pelas mortes.
Os detalhes sobre a vida de Neda têm emergido aos poucos e de forma fragmentada. Com a expulsão da imprensa estrangeira do país, a maior parte da cobertura independente da imprensa estatal tem sido feita por meio de redes sociais na internet, com informações cada vez mais dificilmente confirmáveis.
Um conhecido da família disse à agência Associated Press que Neda trabalhava em tempo parcial em uma agência de viagens iraniana. O conhecido falou em condição de anonimato porque teme represálias do governo.
O escritor brasileiro Paulo Coelho escreveu em seu blog em inglês que um dos homens que aparece socorrendo a jovem no vídeo é o seu "melhor amigo no Irã", um médico que ele conheceu ao visitar o país em 2000.
Testemunhas disseram que agentes de segurança impediram que o funeral dela fosse realizado, bloqueando as ruas de acesso a uma mesquita no centro de Teerã onde a cerimônia deveria acontecer.
"A polícia pintou com tinta spray os carros de quem insistia em seguir rumo à mesquita", disse uma testemunha.
A BBC entrevistou um rapaz que seria o noivo de Neda. Caspian Makan disse à BBC em persa que o nome completo dela era Neda Agha-Soltan. Ele afirmou que ela chegou acidentalmente ao meio dos protestos.
"Ela estava perto da área, a algumas ruas de distância de onde os principais protestos estavam acontecendo, perto da região de Amir Abad [bairro de Teerã]. Ela estava com seu professor de música, sentada em um carro e presa no tráfego", disse Makan à BBC. "Ela estava se sentindo muito cansada e com muito calor. Ela saiu do carro apenas por poucos minutos."
Outro vídeo, divulgado após as imagens da morte de Neda, mostra a jovem ao lado do homem identificado como seu pai. Os dois aparecem parados, observando manifestantes marcharem na rua.
A palavra Neda tem o significado de "voz" ou "chamado" em farsi, a língua persa que é a mais falada no Irã.
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"O Parlamento iraquiano aprovou nesta terça-feira um acordo de cooperação marítima com o Reino Unido que permitirá o retorno de entre cem e 150 soldados britânicos ao sul do país árabe, para ajudar a treinar a Marinha iraquiana e proteger as instalações petrolíferas."
Este é o sinal obvio que os ingleses se apossaram das companhias de petróleo iraquianas após enforcarem Sadam Hussein e colocarem "testas de ferro e laranjas" da nova elite iraquiana. Como se não bastasse o exército iraquiano vigiará os poços para eles. Provavelmente, após o saque ao tesouro iraquiano, no lugar de ouro e outras moedas, os corsários os encheram de dólares cheirando a tinta. O Irã deve abrir bem os olhos, pois isso é o que é pretendido para eles também. É bom que a revolução dos aiatolás comece a educar seu povo maciçamente, a fim de não facilitar a invasão dos inimigos que sempre contam com que o povo esteja na ignorância.
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