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23/06/2009 - 17h32

Produtores de diamantes avaliam combate ao financiamento de conflitos

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da France Presse, em Windhoek

Os países produtores de diamantes estão reunidos nesta terça-feira na Namíbia para avaliar o processo cujo objetivo é encerrar com o comércio ilegal de pedras preciosas para financiar conflitos. Durante três dias, 200 delegados deste tratado internacional examinarão denúncias de violação do acordo, principalmente na Venezuela e no Zimbábue.

"A credibilidade do processo está em jogo", disse Annie Dunnebacke, da ONG Global Witness, que defende a transparência na exploração dos recursos naturais. "Seu trabalho é vital. Seria escandaloso que os governos e as empresas do setor, negando-se a cooperar, levassem [o acordo] ao fracasso", acrescentou.

A Venezuela, que não participa do processo desde setembro de 2008, aceitou suspender a comercialização de diamantes até que um novo sistema de controle seja implementado. No entanto, uma investigação revelou em maio que a extração de diamantes continua no país, segundo a Global Witness.

No Zimbábue, cuja economia está arruinada, o processo de Kimberley prepara um novo relatório apontando violações dos direitos humanos nas minas de extração de diamante, além de contrabando e controle interno deficiente do comércio, que podem alimentar a circulação de pedras destinadas ao financiamento dos conflitos.

Em abril passado, o sistema de certificação do processo proibiu a venda de diamantes saídos do leste do Zimbábue. Diversas testemunhas denunciaram casos de agressões na região de Marange, onde, segundo a imprensa local, mineiros foram expulsos à força.

Os delegados do processo de Kimberley se reúnem na tarde desta terça-feira na capital da Namíbia, Windhoek, em um contexto de queda das vendas de diamantes em consequência da crise econômica mundial.

O acordo internacional se aplica atualmente a 99,8% da produção mundial de diamantes brutos, com 49 membros que representam 75 países. O acordo foi lançado pelas Nações Unidas em maio de 2000 na cidade de Kimberley, na África do Sul.

Ratificado três anos depois por mais 30 países, o processo tem como meta evitar a utilização de pedras preciosas para financiar atividades militares.

 

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