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01/07/2009 - 07h46

OEA dá ultimato ao governo de Honduras; Zelaya diz que povo julgará golpistas

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da Folha Online

O presidente deposto de Honduras, Manuel Zelaya, afirmou nesta quarta-feira que retornará ao seu país fortalecido pelo ultimato de 72 horas da OEA (Organização dos Estados Americanos) para sua restituição ao poder e alertou aos militares que querem "executá-lo" que "o povo os julgará."

"Vou retornar a Honduras e sou o presidente", disse Zelaya, em entrevista coletiva convocada ao término das sessões extraordinárias da OEA.

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Alex Brandon/AP
Presidente deposto de Honduras, Manuel Zelaya, mostra a resolução da OEA
Presidente deposto de Honduras, Manuel Zelaya, mostra a resolução da OEA

A declaração parece uma resposta ao presidente interino de Honduras, Roberto Micheletti, que alertou nesta terça-feira que Zelaya será preso se insistir em retornar ao país. O novo ministro de Relações Exteriores, Enrique Ortez Colindres, afirmou que Zelaya pode retornar ao país, desde que seja como um "cidadão comum" e não como presidente.

Zelaya explicou que esperará o prazo do ultimato de 72 horas da organização para "continuar com este processo" e retornar ao país. Ele a,firmou que não quer prejudicar os esforços diplomáticos para resolver a crise e não precisou a nova data de sua viagem.

Nesta terça-feira, Zelaya havia afirmado, em reunião da Assembleia Geral da ONU (Organização das Nações Unidas), que retornaria a Honduras nesta quinta-feira acompanhado do secretário-geral da OEA, José Miguel Insulza, e os presidentes do Equador, Rafael Correa, e da Argentina, Cristina Fernández de Kirchner.

O presidente deposto planeja viajar nesta quarta-feira ao Panamá, para acompanhar a posse do presidente eleito, Ricardo Martinelli, e continuar apoiando as gestões da OEA.

Resolução

Esteban Felix/AP
Presidente interino, Roberto Micheletti, afirma que Zelaya será preso se retornar ao país
Presidente interino, Roberto Micheletti, afirma que Zelaya será preso se retornar ao país

Depois de quase doze horas de reunião entre os embaixadores e chanceleres, a Assembleia Geral adotou uma resolução de cinco pontos que condena "energicamente" o golpe de domingo passado e exige a restituição "imediata, segura e incondicional" de Zelaya.

O texto define ainda que o novo governo de Honduras restitua o deposto presidente em um prazo de 72 horas. O organismo afirmou ainda que o descumprimento desse prazo pode acarretar na expulsão de Honduras do bloco.

A organização aprovou a resolução por aclamação e diante da presença de Zelaya, após uma intensa e prolongada jornada de negociações entre os chanceleres e embaixadores que participaram do 37º período extraordinário de sessões da Assembleia Geral da OEA.

O documento condena o golpe militar do domingo passado, exige a restituição de Zelaya e o restabelecimento da ordem democrática, além de rejeitar o governo de Micheletti, produto da "ruptura inconstitucional".

Também pede que Insulza realize junto com representantes de outros países as gestões para restaurar a democracia.

A resolução reitera a postura do organismo regional de que Zelaya é "o presidente constitucional de Honduras".

Com Efe e France Presse

Comentários dos leitores
Luciano Filgueiras (94) 02/02/2010 17h52
Luciano Filgueiras (94) 02/02/2010 17h52
Sobre o comentário do nosso estimado Diplomata, dizendo ele, que o nosso país inspira o desarmamento mundial; apenas brinco: "Nosso Amorim é um gozador!... sem opinião
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sebastião chaves (9) 02/02/2010 15h19
sebastião chaves (9) 02/02/2010 15h19
como tem pirado escrevendo e enviando os seus comentários. os textos chegam ser manifestações de humorismo involuntário.
Peço àqueles que discordam das bobagens escritas, sejam condescentes com os pirados da silva.
Pai, perdoi, eles não sabem o que escrevem. Descansem em paz, pirados.
sem opinião
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John Reed (41) 02/02/2010 03h21
John Reed (41) 02/02/2010 03h21
A realidade é inexorável.
Ideologias fajutas não passam de blá-blá-blá porque são míopes para enxergar qualquer coisa. Mas certamente não querem ver nada porque acham que já pensaram em tudo. Aí quando a realidade contraria a 'verdade' ideológica as coisas começam a ficar violentas.
Já viu uma criança contrariada? Pois é. Parece que o brinquedo favorito do Coronel Presidente Hugo Chávez se recusa a funcionar como ele deseja. E isso acaba refletindo em alguns nesse fórum, que contrariados produzem textos violentos tanto no estilo quanto no conteúdo.
Uma política carioca, médica, disse (isso ninguém me contou), no ocaso dos países comunista pós Muro, que o ideal e modelo de país a ser seguido eram os da Albânia. Caramba! Isso tem 20 anos.
É pra dar medo: o que a crença em ideologias ou dogmas pode fazer com uma pessoa culta e inteligente. Como já disse, a realidade é desagradavelmente real para alguns.
2 opiniões
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