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01/07/2009 - 08h05

Irã pede que Interpol capture médico que ajudou jovem morta em protesto

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da Folha Online

As autoridades iranianas enviaram à Interpol uma ordem de busca e captura contra o médico iraniano Arash Hejazi, que ajudou a jovem Neda Agha Sultan, morta com um tiro no peito em uma das manifestações em massa da oposição contra fraude na reeleição do presidente iraniano, Mahmoud Ahmadinejad.

"A Interpol e as forças do Ministério de Inteligência já estão perseguindo Hejazi", disse o comandante de polícia no Irã, general Ismail Ahmadi Moghadam, citado pela agência local de notícias Fars. "É procurado porque, como testemunha, criou confusão. O assassinato [de Neda] é algo organizado que não está relacionado com os distúrbios em Teerã", disse o oficial.

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Reuters
Foto mostra a iraniana Neda Agha Soltani, morta com um tiro no peito
Foto mostra a iraniana Neda Agha Soltani, morta com um tiro no peito

A morte de Neda com um tiro no peito foi filmada por um outro manifestante e divulgada ao mundo pela internet. As imagens são fortes e se transformaram em símbolo da opressão das forças de segurança aos protestos, que ocupam há dez dias as ruas da capital Teerã.

Veja o vídeo da morte de Neda

A família da jovem e testemunhas denunciaram que ela foi atingida a sangue frio por forças de segurança iranianas ou por milicianos islâmicos Basij, ligados à Guarda Revolucionária, quando caminhava com o pai em direção a uma das manifestações pacíficas convocadas na capital.

As autoridades iranianas afirmaram que os atiradores que mataram Neda podem tê-la confundido com a irmã de um terrorista do país.

O médico Hejazi é o homem que aparece no vídeo tentando ajudar jovem, após ela receber um tiro no peito. Ele viajou a Londres pouco depois. Logo após chegar à capital britânica, disse que a jovem tinha sido assassinada pelas forças da ordem e que, após ver o vídeo na internet, decidiu retornar a Londres, porque temia pela própria vida.

Hejazi, que mora em Oxford, é o único tradutor para o persa das obras do escritor Paulo Coelho.

O regime iraniano, que acusa o Ocidente de promover os distúrbios pós-eleitorais, sugeriu que a morte de Neda foi "fabricada" por alguns meios de comunicação estrangeiros.

Ahmadinejad anunciou na segunda-feira passada (29) que tinha pedido ao Poder Judiciário que investigasse a "misteriosa" morte da jovem estudante.

Com Efe e Reuters

Comentários dos leitores
Valentin Makovski (217) 03/11/2009 15h23
Valentin Makovski (217) 03/11/2009 15h23
Eu não duvido de nada, se os EUA em alguns anos, implantarem algumas bases de mísseis de longo alcance no Iraque, pois estão lá e tem mais de 100 mil soldados, agora lógico. A Russia esta fazendo o mesmo apoio ao Irã, Pra ser mais exato, a guerra fria ainda não acabou só mudou de época. Lógico com vantagem dos EUA, mas a Russia tem seus prô e contras, ainda tem tecnologia suficiente e possui o maior arsenal de bombas atômicas. EUA estão no paquistão não para combater o Taliban, estão presentes numa região que demanda conflitos eternos, e que sempre terá um para vender armas, e tecnologia. Sabemos de praxe Srs (as) que guerras são grande negócios, em valores astronômicos. Antes não se dava ênfase á aquela região, hoje em dia a região é estratégica para as super potencias, envolve muito dinheiro e conflitos a vista. Por isso tanto interesse e tanta movimentação bélica. sem opinião
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J. R. (1126) 18/10/2009 13h21
J. R. (1126) 18/10/2009 13h21
RU treina soldados iraquianos para proteger seus poços de petróleo.
"O Parlamento iraquiano aprovou nesta terça-feira um acordo de cooperação marítima com o Reino Unido que permitirá o retorno de entre cem e 150 soldados britânicos ao sul do país árabe, para ajudar a treinar a Marinha iraquiana e proteger as instalações petrolíferas."
Este é o sinal obvio que os ingleses se apossaram das companhias de petróleo iraquianas após enforcarem Sadam Hussein e colocarem "testas de ferro e laranjas" da nova elite iraquiana. Como se não bastasse o exército iraquiano vigiará os poços para eles. Provavelmente, após o saque ao tesouro iraquiano, no lugar de ouro e outras moedas, os corsários os encheram de dólares cheirando a tinta. O Irã deve abrir bem os olhos, pois isso é o que é pretendido para eles também. É bom que a revolução dos aiatolás comece a educar seu povo maciçamente, a fim de não facilitar a invasão dos inimigos que sempre contam com que o povo esteja na ignorância.
1 opinião
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J. R. (1126) 28/09/2009 14h07
J. R. (1126) 28/09/2009 14h07
Alguns não querem que o Brasil se aproxime do Irã, outros não querem que se aproxime do criminoso Israel, porém lembrem-se que estão num país que não tem rabo preso. O presidente do Irã virá, o ministro de Israel, Kadafi, Obama. Isso é liberdade e autodeterminação. De que adianta essa panacéia com relação ao mundo árabe? Nada. 1 opinião
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