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10/07/2009 - 12h18

Curdos iraquianos desafiam governo ao aprovar constituição autônoma

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colaboração para a Folha Online

O parlamento da região semi-autônoma do Curdistão, no norte do Iraque, aprovou há duas semanas uma nova constituição, alarmando os governos dos Estados Unidos e Iraque. Segundo matéria do New York Times, divulgada nesta sexta-feira, a decisão seria um passo dos líderes curdos para conseguir a criação de um país independente do Iraque.

A nova constituição está causando mal estar entre políticos locais e estrangeiros, inclusive da ONU (Organização das Nações Unidas), que tenta negociar um acordo entre Bagdá e os líderes curdos. Além dos problemas étnicos regionais, as disputas são alimentadas pelo controle de reservas de petróleo e gás reivindicados pelos curdos, como as da Província petrolífera de Kirkuk.

A situação é tensa, inclusive com enfrentamentos armados entre forças do governo central e curdos, membros do grupo separatista PKK (Partido dos Trabalhadores de Curdistão). Os EUA, preocupados com a situação, tentam mediar o conflito. O vice-presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, em visita oficial ao Iraque no último dia 2, criticou a decisão curda por aumentar ainda mais as tensões separatistas, temida por militares e políticos americanos.

Oficiais iraquianos dizem que a aprovação da constituição é somente mais um passo para a separação da região e também uma declaração hostil ao governo estabelecido. Os líderes curdos se defendem dizendo que tomaram as medidas porque não podem confiar nos políticos iraquianos, pois seus direitos constitucionais, estabelecidos em 2005, nunca foram respeitados.

A nova constituição curda ainda vai passar por um referendo popular, provavelmente em agosto, após as eleições parlamentares do Iraque no dia 24 de julho. Segundo analistas, a nova carta de direitos curda deve ser aprovada, centralizando os poderes locais.

Rebeldes

O PKK luta pela formação do Curdistão (país que abrigaria a nação curda --grupo étnico não árabe-- e teria territórios do Iraque, da Turquia, do Irã, da Síria, do Azerbaijão e da Armênia) desde 1984. Os curdos se consideram o maior grupo étnico sem Estado do mundo.

O governo de Bagdá acusa frequentemente o PKK de ser terrorista, mas tem grandes limitações em sua ação contra o grupo --concentrado em um território curdo. No dia 22 de abril, a ONU já havia entregado às autoridades iraquianas um relatório sobre a Província de Kirkuk, rejeitando a divisão da região.

 

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