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12/07/2009 - 11h38

Palestinos rejeitam acordo entre Israel e EUA para assentamentos

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da Folha Online

Os palestinos rejeitam acordos entre Israel e os Estados Unidos que permitam a construção --mesmo que limitada-- de assentamentos judaicos na Cisjordânia, afirmou um negociador palestino. A declaração veio no mesmo dia no qual o premiê israelense, Binyamin Netanyahu, convidou o presidente da Autoridade Nacional Palestina (ANP), Mahmoud Abbas, para uma reunião sobre a paz na região.

"Não há soluções de meio-termo para a questão dos assentamentos: ou a construção de assentamentos para ou não para", disse Saeb Erekat à rádio Voz da Palestina. "A mensagem é clara: assentamentos devem parar imediatamente."

Erekat disse que Abbas enviou essa mensagem por carta neste sábado ao presidente dos EUA, Barack Obama.

As declarações de Erekat são uma resposta aos relatos de que Israel e os Estados Unidos estariam discutindo um acordo para permitir a construção em assentamentos existentes, o que Israel chama de "crescimento natural", para acomodar famílias em expansão.

O jornal israelense "Maariv" afirmou em reportagem nesta quarta-feira (8) que Israel e Estados Unidos fecharam um acordo no qual os judeus poderão concluir a construção em curso de 2.500 casas nas colônias da Cisjordânia.

O acordo teria sido concluído durante uma reunião na segunda-feira (6) em Londres entre o ministro israelense da Defesa, Ehud Barak, e o enviado especial americano para o Oriente Médio, George Mitchell, completa o "Maariv", que não identifica suas fontes.

O acordo causa estranhamento já que Washington pressiona Israel para que encerre a expansão da ocupação em territórios palestinos, considerada pelos EUA e palestinos como essencial para negociar a paz na região. O presidente americano disse claramente ao premiê Netanyahu, que visitou a Casa Branca, que exige a paralisação total da colonização na Cisjordânia e que não existe diferença entre colônias legais e ilegais.

Barak e Mitchell também teriam acordado que a construção nas colônias só deve ser completamente paralisada dentro de negociações regionais que incluam Síria e Líbano.

Netanyahu renovou neste domingo seu pedido para que Abbas retome as negociações de paz imediatamente.

"Não há motivos para não nos reunirmos em qualquer lugar em Israel e eu sugiro que nos encontremos [...] para alcançar a paz para o benefício de ambos os nossos povos", disse Netanyahu durante o encontro semanal de seu gabinete.

Cerca de 500 mil israelenses vivem na Cisjordânia e em parte de Jerusalém, áreas ocupadas por Israel na guerra de 1967.

Os palestinos afirmam que os assentamentos judaicos, considerados ilegais pela Corte Mundial, prejudicam seus planos de um Estado viável e contínuo.

Com Reuters

 

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