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14/07/2009 - 09h40

Irã executa na forca 13 rebeldes sunitas

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da Folha Online

O governo iraniano executou nesta terça-feira treze membros do grupo rebelde sunita Jundallah (Soldados de Alá). Os rebeldes foram enforcados na penitenciária de Zahedan, na Província de Sistão Baluchistão, sudeste do Irã.

"Treze membros do grupo terrorista dirigido por (Abdolmalek) Rigui foram enforcados esta manhã", declarou o secretário de Justiça da Província, Ebrahim Hamidi, à agência oficial Irna.

Ele também informou que a execução de Abdolhamid Righi, irmão do líder do Jundallah, foi adiada para os próximos dias.

O Jundallah é um grupo islâmico sunita que Teerã qualifica como terrorista e ao qual vincula ideologicamente ao movimento fundamentalista afegão Talibã e à rede terrorista internacional Al Qaeda. Teerã acusa a organização sunita de ter executado nos últimos anos vários atentados e ações armadas, incluindo o ataque suicida de 28 de maio que matou 25 pessoas em uma mesquita xiita de Zahedan --o mais violento do país nos últimos 15 anos.

Na semana passada, o chefe do Poder Judiciário em Sistão-Baluchistão, Ibrahim Hamidi, anunciou as execuções dos réus, aos quais acusou então de "atuar contra a vontade de Deus", um dos delitos mais graves, segundo a interpretação que o código legal iraniano faz da sharia (lei islâmica).

A população iraniana, quase 70 milhões de habitantes, está composta por 90% de xiitas, mas a Província de Sistão Baluchistão, na fronteira com Paquistão e Afeganistão, tem uma forte minoria sunita.

Esta Província é considerada a menos segura de todo o país pela presença tanto de rebeldes como de narcotraficantes. A violência sectária, contudo, não é algo frequente no Irã, que rejeita alegações de países do Ocidente de que defende discriminação de minorias étnicas.

Segundo o sistema judiciário iraniano, crimes de assassinato, adultério, estupro, roubo a mão armada e tráfico de drogas são passíveis de pena de morte.

A União Europeia denunciou no começo deste mês que o país viola os direitos humanos ao realizar as execuções.

A Anistia Internacional lista o Irã como o segundo mais prolífico executor de prisioneiros depois da China. Segundo dados da ONG, o país matou 346 pessoas no ano passado.

Com Efe, France Presse e Reuters

 

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