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20/07/2009 - 08h20

Após protestos, ex-presidente pede referendo sobre governo do Irã

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da Folha Online

O ex-presidente iraniano Mohammad Khatami propôs um referendo sobre a legitimidade do governo do Irã, um desafio ao ultraconservador Mahmoud Ahmadinejad que venceu as eleições presidenciais de 12 de junho sob acusações de fraude da oposição.

Ahmadinejad foi reeleito com cerca de 63% dos votos contra 34% do principal candidato da oposição, Mir Hossein Mousavi. A votação foi seguida por semanas de fortes protestos da oposição por fraude. Os protestos, enfrentados com violência pela polícia e a milícia Basij, ligada à Guarda Revolucionária, deixaram ao menos 20 mortos, dezenas de feridos e centenas de presos.

O Conselho dos Guardiães do Irã, órgão responsável por ratificar o resultado do pleito, aceitou fazer uma recontagem parcial dos votos para acalmar a oposição, mas confirmou a reeleição de Ahmadinejad depois de afirmar que a fraude em cerca de 3 milhões de votos não era suficiente para mudar o resultado das urnas.

Na sexta-feira passada (17), houve novos confrontos na área central da capital Teerã entre a polícia e manifestantes reformistas.

"A única saída para a atual situação é a realização de um referendo", afirmou Khatami, citado por sites na Internet.

"As pessoas devem ser consultadas se estão felizes com a atual situação [...] Se a grande maioria da população estiver feliz com a situação atual, nós aceitaremos também."

Liberdade

Khatami alertou ainda as autoridades para a necessidade de libertar os centenas de presos políticos detidos no Irã durante os protestos.

O pedido foi feito durante a reunião que o partido dos Clérigos Combatentes realizou neste domingo, em Teerã, com um grupo de parentes dos detidos.

"Nessa reunião, um grupo de parentes dos detidos após as décimas eleições presidenciais do Irã se reuniram com os membros da assembleia de Clérigos Combatentes para informar sobre a situação dos detidos" disse o secretário-executivo do partido reformista, Majid Ansari.

Ansari explicou ainda que alguns familiares se queixaram da forma como as detenções foram feitas e da falta de informação por parte das autoridades judiciais e de segurança sobre a situação atual dos detidos.

"Os parentes dos detidos disseram não ter conhecimento do lugar onde estão e se queixaram da falta de cumprimento das normas legais em relação a eles", afirmou Ansari. "O senhor Khatami pediu a libertação imediata dos prisioneiros políticos", acrescentou.

Com Reuters e Efe

Comentários dos leitores
Valentin Makovski (217) 03/11/2009 15h23
Valentin Makovski (217) 03/11/2009 15h23
Eu não duvido de nada, se os EUA em alguns anos, implantarem algumas bases de mísseis de longo alcance no Iraque, pois estão lá e tem mais de 100 mil soldados, agora lógico. A Russia esta fazendo o mesmo apoio ao Irã, Pra ser mais exato, a guerra fria ainda não acabou só mudou de época. Lógico com vantagem dos EUA, mas a Russia tem seus prô e contras, ainda tem tecnologia suficiente e possui o maior arsenal de bombas atômicas. EUA estão no paquistão não para combater o Taliban, estão presentes numa região que demanda conflitos eternos, e que sempre terá um para vender armas, e tecnologia. Sabemos de praxe Srs (as) que guerras são grande negócios, em valores astronômicos. Antes não se dava ênfase á aquela região, hoje em dia a região é estratégica para as super potencias, envolve muito dinheiro e conflitos a vista. Por isso tanto interesse e tanta movimentação bélica. sem opinião
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J. R. (1126) 18/10/2009 13h21
J. R. (1126) 18/10/2009 13h21
RU treina soldados iraquianos para proteger seus poços de petróleo.
"O Parlamento iraquiano aprovou nesta terça-feira um acordo de cooperação marítima com o Reino Unido que permitirá o retorno de entre cem e 150 soldados britânicos ao sul do país árabe, para ajudar a treinar a Marinha iraquiana e proteger as instalações petrolíferas."
Este é o sinal obvio que os ingleses se apossaram das companhias de petróleo iraquianas após enforcarem Sadam Hussein e colocarem "testas de ferro e laranjas" da nova elite iraquiana. Como se não bastasse o exército iraquiano vigiará os poços para eles. Provavelmente, após o saque ao tesouro iraquiano, no lugar de ouro e outras moedas, os corsários os encheram de dólares cheirando a tinta. O Irã deve abrir bem os olhos, pois isso é o que é pretendido para eles também. É bom que a revolução dos aiatolás comece a educar seu povo maciçamente, a fim de não facilitar a invasão dos inimigos que sempre contam com que o povo esteja na ignorância.
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J. R. (1126) 28/09/2009 14h07
J. R. (1126) 28/09/2009 14h07
Alguns não querem que o Brasil se aproxime do Irã, outros não querem que se aproxime do criminoso Israel, porém lembrem-se que estão num país que não tem rabo preso. O presidente do Irã virá, o ministro de Israel, Kadafi, Obama. Isso é liberdade e autodeterminação. De que adianta essa panacéia com relação ao mundo árabe? Nada. 1 opinião
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