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Diálogo fracassa e temor de violência cresce em Honduras
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da Folha Online
O presidente deposto de Honduras, Manuel Zelaya, decretou o fim dos esforços de diálogo por uma solução à crise em Honduras sob alerta do mediador, o presidente costarriquenho, Oscar Árias, sobre o risco de derramamento de sangue caso não haja um acordo em breve. Os partidários de Zelaya prometem protestos e mobilização, enquanto aguardam a volta do presidente deposto, prometida para o próximo fim de semana.
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Arias, que foi escolhido com apoio dos Estados Unidos para mediar a crise, pediu mais três dias a ambas as partes para apresentar um acordo que impeça a violência em Honduras. "Talvez com este esforço que temos de fazer nas próximas 72 horas possamos evitar um derramamento de sangue", disse ele a jornalistas após o fracasso das negociações na sua residência, em San José.
"Qual é a alternativa ao diálogo? O que acontece se, amanhã, um hondurenho balear um soldado, e aí um soldado disparar sua arma contra um cidadão armado?", declarou.
Até agora, os piores confrontos em Honduras entre soldados e partidários de Zelaya aconteceu em 5 de julho passado. Dois manifestantes morreram em meio aos distúrbios causados após o Exército do governo interino, de Roberto Micheletti, impedir o pouso do avião de Zelaya no aeroporto internacional de Tegucigalpa. O governo interino negou a responsabilidade pelas mortes e afirmou que a polícia não disparou nenhum tiro.
Zelaya, deposto por um golpe militar em 28 de junho, disse que voltará novamente a Honduras no próximo fim de semana, apesar dos reiterados alertas de Micheletti de que será preso assim que pisar em solo hondurenho.
O governo dos Estados Unidos tenta dissuadir Zelaya de voltar do exílio na vizinha Nicarágua antes que haja um acordo, já que seu regresso poderia agravar a crise. No entanto, ele rejeitou a pressão. "Ninguém pode me deter", afirmou ele à agência Reuters.
Protestos
Organizações do Bloco Popular realizarão hoje novos protestos. Na quinta-feira será iniciada uma greve geral e o comércio de Honduras com a América Central deverá ser paralisado. Existe também a possibilidade de que os EUA suspendam a atividade comercial.
De acordo com Marvin Ponce, deputado do Congresso Nacional pelo partido Unificação Democrática e membro da Frente de Resistência contra o Golpe, serão realizadas mobilizações em 22 pontos do país e que a greve será mantida até que Zelaya volte ao poder.
"Nós tínhamos a expectativa de que o diálogo com a mediação do presidente da Costa Rica, Oscar Arias, iria ser frutífero para resolver a crise institucional em Honduras, que forçosamente tem que ser a restituição de Zelaya", disse o parlamentar à agência Ansa.
Ponce, que é também ex-dirigente operário, formou uma comissão que viajou aos EUA para dialogar com congressistas e funcionários do Departamento de Estado norte-americano.
Segundo ele, congressistas democratas prometeram iniciar gestões pela suspensão do Tratado de Livre Comércio desse país com Honduras, como medida de pressão para obrigar o regime de facto a deixar o poder.
Histórico
Esta é a pior crise política na América Central desde o fim da Guerra Fria, e representa um desafio em meio aos esforços do governo de Barack Obama para melhorar as relações de Washington com a América Latina.
Zelaya foi deposto depois de contrariar a elite e o Congresso de Honduras com suas tentativas de ampliar o limite de mandatos presidenciais. A comunidade internacional em geral se mobilizou por sua volta ao poder, o que inclui o governo Obama e a Assembleia Geral da ONU.
Mas o presidente interino se recusa a ceder o poder, conforme havia sugerido Arias em dois dias de negociações durante o fim de semana.
A OEA (Organização dos Estados Americanos) atribuiu toda a culpa pelo impasse a Micheletti. "Lamentamos profundamente essa atitude da delegação do governo de fato no sentido de rejeitar a proposta", disse o secretário-geral da OEA, José Miguel Insulza. "Não a compreendemos."
A exemplo de Arias, Insulza citou a ameaça de violência em Honduras caso Micheletti não reconsidere sua decisão e afirmou que o órgão vai aumentar a pressão sobre os interinos.
Já os EUA pareceram adotar uma atitude mais cautelosa. "As pessoas que têm negociado têm o poder de (alcançar) uma resolução, mas afinal isso tem de ser uma solução de Honduras para Honduras", disse o porta-voz do Departamento de Estado Rob McInturff.
Os EUA, que são o principal parceiro comercial de Honduras, cortaram, a ajuda militar ao governo interino e ameaçaram suspender também a ajuda econômica.
Com Reuters e Ansa
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Peço àqueles que discordam das bobagens escritas, sejam condescentes com os pirados da silva.
Pai, perdoi, eles não sabem o que escrevem. Descansem em paz, pirados.
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Ideologias fajutas não passam de blá-blá-blá porque são míopes para enxergar qualquer coisa. Mas certamente não querem ver nada porque acham que já pensaram em tudo. Aí quando a realidade contraria a 'verdade' ideológica as coisas começam a ficar violentas.
Já viu uma criança contrariada? Pois é. Parece que o brinquedo favorito do Coronel Presidente Hugo Chávez se recusa a funcionar como ele deseja. E isso acaba refletindo em alguns nesse fórum, que contrariados produzem textos violentos tanto no estilo quanto no conteúdo.
Uma política carioca, médica, disse (isso ninguém me contou), no ocaso dos países comunista pós Muro, que o ideal e modelo de país a ser seguido eram os da Albânia. Caramba! Isso tem 20 anos.
É pra dar medo: o que a crença em ideologias ou dogmas pode fazer com uma pessoa culta e inteligente. Como já disse, a realidade é desagradavelmente real para alguns.
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