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Peru condena Fujimori a mais de sete anos de prisão por corrupção
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da Folha Online
O ex-presidente peruano Alberto Fujimori, 70, foi condenado nesta segunda-feira a sete anos e seis meses de prisão por ter pago US$ 15 milhões ilegalmente em uma indenização a seu ex-chefe de Inteligência, Vladimiro Montesinos, em setembro de 2000, pouco depois de estourar um escândalo de corrupção no país.
Fujimori admitiu durante o processo que entregou o dinheiro a Montesinos, atualmente preso em uma base naval, mas negou ter cometido o delito de peculato porque sustenta que restituiu o dinheiro ao Tesouro Público.
Efe-13jul.09 |
Ex-presidente peruano Alberto Fujimori foi condenado a sete anos e meio de prisão por corrupção; uma de três acusações contra ele |
Ele alega que o dinheiro serviu para permitir a saída de seu ex-chefe de espionagem em meio a uma crise provocada por um escândalo de corrupção, porque "se estava tramando um golpe de Estado". Após a entrega do dinheiro, Montesinos fugiu para o Panamá e voltou por poucos dias, em outubro de 2000, para fugir outra vez do Peru até ser capturado na Venezuela, em 2001.
Esta é a terceira sentença acumulada pelo ex-presidente, que governou o Peru entre 1990 e 2000.
Fujimori já foi condenado a 25 anos de prisão por dois casos de violação dos direitos humanos e sequestros. O primeiro caso de violação ocorreu no distrito de Barrios Altos, em 1991. O suposto grupo de extermínio liderado pelo presidente, chamado de Colina, invadiu um churrasco e matou a tiros 15 pessoas, inclusive crianças. Mais tarde, revelou-se que o Colina, na verdade, pretendia matar um grupo de simpatizantes do Sendero Luminoso que estava reunido em outro andar, no mesmo prédio.
Outro caso ocorreu sete meses mais tarde, em julho de 1992. Na tentativa de prejudicar o Sendero Luminoso, que realizava ataques quase diariamente, o Colina "desapareceu" com nove estudantes e um professor da Universidade La Cantuta.
Ele também foi considerado culpado pelo sequestros de um empresário e de um jornalista --na época, correspondente do jornal espanhol "El País"-- que, em 1992, criticaram o fechamento do Congresso e dos tribunais peruanos.
Fujimori, extraditado do Chile em setembro de 2007, ainda foi sentenciado a seis anos de prisão pela revista ilegal da casa da mulher de Montesinos em 2000.
No Peru, não há acumulação de penas, e o condenado cumpre apenas a maior.
Fujimori afirmou na sexta-feira (17) que é inocente e que uma provável sentença desfavorável é parte de quem busca aniquilar o projeto de seu partido político para as eleições gerais de 2011.
Segundo a mais recente pesquisa da empresa Ipsos Apoyo, feita em junho passado, a legisladora Keiko Fujimori aparece como líder nas intenções de voto para a Presidência em 2011. Ela tem 22% da preferência contra 15%, cada, do atual prefeito de Lima, Luis Castañeda, e do nacionalista Ollanta Humala.
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