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11/07/2003 - 16h37

França encerra investigação sobre desaparecidos na ditadura Pinochet

da France Presse, em Paris

A juíza parisiense Sophie Clément deu por encerradas hoje as investigações sobre a desaparecimento de cinco franceses durante a ditadura do general Augusto Pinochet (1973-1990), informou uma fonte ligada ao caso.

A investigação foi iniciada em novembro de 1998, e o caso passará provavelmente a julgamento na corte criminal de Paris em 2004 à revelia dos acusados, inclusive Pinochet.

Reuters - 11.mar.2001
O general Augusto Pinochet, 87
No total, foram emitidos 18 mandados de prisão internacional contra militares chilenos sob a acusação de ''sequestro acompanhado de atos de tortura ou cumplicidade''.

Os acusados são suspeitos de terem ordenado ou participado diretamente na prisão e sequestro dos quatro franceses. A investigação não chegou a qualquer conclusão sobre o caso do quinto francês desaparecido.

Em setembro de 2002, uma dessas 18 pessoas acusadas, o general reformado Luis Ramírez Pineda, foi detido na Argentina com base em ordem de prisão emitida pela juíza francesa. O militar não foi extraditado até o momento.

Em entrevista publicada em fevereiro por um jornal chileno, o general reformado chegou a afirmar que ''a França não possuía qualquer competência para conduzir um processo contra um cidadão do Chile'', afirmando que não teria problemas em se apresentar aos tribunais de seu país.

Um julgamento, mesmo à revelia, seria o primeiro contra o general Pinochet, que já foi acusado pela Justiça chilena de sequestro e assassinatos de prisioneiros políticos.

Contudo, a Corte Suprema do país arquivou o caso no dia 1º de julho de 2002 ao considerar o ditador inapto por causa de sintomas de demência, o que impediria Pinochet de se defender corretamente durante um julgamento.

Os quatro franceses desaparecidos são Georges Klein, conselheiro político do ex-presidente Salvador Allende, detido em 11 de setembro de 1973; Etienne Pesle, ex-sacerdote, preso em 19 de setembro de 1973; Alphonse Chanfreau e Jean-Yves Claudet-Fernandez, membros do Movimento da Esquerda Revolucionária (MIR), detidos no dia 30 de julho de 1974 e 1º de novembro, respectivamente.
 

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