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25/07/2009 - 18h53

Mais de cem cidades têm protestos de apoio à oposição no Irã

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da France Presse, em Estocolmo

Protestos foram realizados neste sábado em cerca de cem cidades em três continentes, para denunciar as violações aos direitos humanos no Irã e apoiar a oposição em luta contra o regime de Teerã.

Uma das manifestações mais importantes aconteceu em Estocolmo, onde milhares de pessoas se reuniram. A Suécia abriga uma importante comunidade iraniana estimada em 80 mil pessoas.

"Exigimos o respeito aos direitos humanos no Irã e a libertação de prisioneiros políticos", informou Mehrdad Darvishpour, um dos organizadores da manifestação de mais de 4.000 participantes, segundo a polícia, à agência de notícias France Presse.

Na vizinha Dinamarca, cerca de mil pessoas se reuniram em Copenhague diante do Parlamento --o mesmo número dos participantes de manifestação em Amsterdã (Holanda), que denunciou "a política repressiva" de Teerã. Neste protesto se destacou a advogada e Prêmio Nobel da Paz iraniana Shirin Ebadi.

Em Londres, mil pessoas agitavam bandeiras verdes; muitas usavam fitas ou bandanas da mesma cor. Podia-se ler "Liberdade para o Irã" e "Onde está meu voto?" em várias bandeirolas.

Outras manifestações foram realizadas em Paris, Genebra, Berlim, Viena e Tóquio. Em Melbourne (Austrália), muitos participantes levavam cartazes com fotos da jovem Neda Agha Soltan, morta em Teerã durante um protesto contra a reeleição do presidente ultraconservador Mahmoud Ahmadinejad, baleada por um membro da milícia islâmica bassij.

As imagens de um vídeo amador, que mostravam a morte de Neda e foram amplamente divulgadas na internet, suscitaram uma onda de comoção em todo o mundo. Nelas, a jovem aparece caída ao chão, de olhos abertos, com sangue saindo de seu nariz e sua boca.

Em Teerã, os próprios líderes da oposição iraniana pediram neste sábado aos dignitários religiosos que pusessem fim à "repressão" conduzida pelas autoridades desde as manifestações consecutivas à contestada eleição presidencial de 12 de junho.

O comunicado comum dos líderes opositores foi publicado no mesmo dia em que dois jornais reformistas anunciaram a morte em detenção de um jovem iraniano preso durante uma manifestação contra a reeleição do presidente Mahmoud Ahmadinejad.

"Esperamos que vocês, os mais altos dignitários religiosos, lembrem às autoridades as consequências nocivas do desrespeito da lei, e as impeçam de seguir adiante com a repressão na República Islâmica", diz o texto assinado pelos ex-candidatos à eleição presidencial Mir Hossein Mousavi e Mehdi Karubi e pelo ex-presidente reformista Mohammad Khatami.

O comunicado foi publicado no site Ghalamnews, de Mousavi, e no do partido de Karubi, o Etemad Melli. Os dois homens denunciaram fraudes em grande escala na eleição de 12 de junho e consideram que o novo governo de Ahmadinejad não tem nenhuma legitimidade.

Centenas de milhares de pessoas foram às ruas para contestar a reeleição de Ahmadinejad, na mais grave crise da história da República Islâmica. Pelo menos 20 pessoas morreram durante os distúrbios.

Comentários dos leitores
Valentin Makovski (217) 03/11/2009 15h23
Valentin Makovski (217) 03/11/2009 15h23
Eu não duvido de nada, se os EUA em alguns anos, implantarem algumas bases de mísseis de longo alcance no Iraque, pois estão lá e tem mais de 100 mil soldados, agora lógico. A Russia esta fazendo o mesmo apoio ao Irã, Pra ser mais exato, a guerra fria ainda não acabou só mudou de época. Lógico com vantagem dos EUA, mas a Russia tem seus prô e contras, ainda tem tecnologia suficiente e possui o maior arsenal de bombas atômicas. EUA estão no paquistão não para combater o Taliban, estão presentes numa região que demanda conflitos eternos, e que sempre terá um para vender armas, e tecnologia. Sabemos de praxe Srs (as) que guerras são grande negócios, em valores astronômicos. Antes não se dava ênfase á aquela região, hoje em dia a região é estratégica para as super potencias, envolve muito dinheiro e conflitos a vista. Por isso tanto interesse e tanta movimentação bélica. sem opinião
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J. R. (1126) 18/10/2009 13h21
J. R. (1126) 18/10/2009 13h21
RU treina soldados iraquianos para proteger seus poços de petróleo.
"O Parlamento iraquiano aprovou nesta terça-feira um acordo de cooperação marítima com o Reino Unido que permitirá o retorno de entre cem e 150 soldados britânicos ao sul do país árabe, para ajudar a treinar a Marinha iraquiana e proteger as instalações petrolíferas."
Este é o sinal obvio que os ingleses se apossaram das companhias de petróleo iraquianas após enforcarem Sadam Hussein e colocarem "testas de ferro e laranjas" da nova elite iraquiana. Como se não bastasse o exército iraquiano vigiará os poços para eles. Provavelmente, após o saque ao tesouro iraquiano, no lugar de ouro e outras moedas, os corsários os encheram de dólares cheirando a tinta. O Irã deve abrir bem os olhos, pois isso é o que é pretendido para eles também. É bom que a revolução dos aiatolás comece a educar seu povo maciçamente, a fim de não facilitar a invasão dos inimigos que sempre contam com que o povo esteja na ignorância.
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J. R. (1126) 28/09/2009 14h07
J. R. (1126) 28/09/2009 14h07
Alguns não querem que o Brasil se aproxime do Irã, outros não querem que se aproxime do criminoso Israel, porém lembrem-se que estão num país que não tem rabo preso. O presidente do Irã virá, o ministro de Israel, Kadafi, Obama. Isso é liberdade e autodeterminação. De que adianta essa panacéia com relação ao mundo árabe? Nada. 1 opinião
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