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18/07/2003
-
11h44
A polícia britânica encontrou hoje o corpo de um homem não-identificado que pode ser o de David Kelly, 59, especialista em armas apontado pelo Ministério da Defesa como possível fonte de uma reportagem da BBC sobre o dossiê contra o Iraque.
Veja abaixo uma cronologia, publicada pelo jornal "The Times", do envolvimento de Kelly na disputa entre o governo britânico e a BBC sobre o dossiê contra o Iraque:
22 de maio
Kelly encontra Andrew Gilligan, repórter da BBC, a pedido do jornalista no hotel Charing Cross Hotel em Londres.
29 de maio
A reportagem de Gilligan é divulgada em programa da rádio BBC. Segundo a reportagem, uma fonte oficial não-identificada diz que o governo britânico maquiou o dossiê sobre as supostas armas de destruição em massa iraquianas.
A fonte afirma que os serviços de inteligência estavam descontentes com a declaração no dossiê de que Bagdá poderia lançar armas de destruição em massa em 45 minutos.
30 de junho
Kelly escreve a seu diretor admitindo que havia se encontrado com Gilligan, depois de ler a transcrição das provas do jornalista na Comissão de Relações Exteriores da Câmara dos Comuns.
Início de julho
O jornal "Sunday Times" questiona o envolvimento de Kelly na reportagem da BBC, mas ele nega ser a fonte.
8 de julho
O Ministério da Defesa diz que um conselheiro admitiu ter conversado com Gilligan. O ministério afirmou que a pessoa não era um membro dos serviços de inteligência ou da equipe de inteligência de defesa e não era uma das autoridades responsáveis pelo dossiê.
Richard Sambrook, diretor de reportagem da BBC, se reúne com Geoff Hoon, secretário de Defesa.
Hoon escreve a Gavyn Davies, diretor da BBC, questionando se a rede defendia suas declarações sobre o dossiê.
Hoon afirma que estaria preparado para citar o nome do conselheiro do Ministério da Defesa se a BBC confirmasse ou não que a pessoa era a fonte da reportagem. Davies teria rejeitado a proposta.
A BBC declara que Gilligan encontrou diversas pessoas durante sua reportagem e que a descrição do Ministério da Defesa do conselheiro não parecia com a fonte.
9 de julho
O Ministério da Defesa descreve Kelly como o conselheiro do ministério que admitiu ter encontrado com Gilligan.
12 de julho
Kelly divulga seu primeiro comunicado público sobre o caso. Ele diz que a posição do governo sobre o Iraque era "crível e factual". Ele admite que o escândalo o deixou estressado.
"Eu fui informado a não falar", diz Kelly ao jornal "The Sunday Times".
Ele declara que confessou ter conversado com Gilligan porque acreditava que a disputa havia perdido o controle. "Tem sido uma época muito difícil para mim."
Kelly afirma que não tinha sido repreendido ou pressionado por seus chefes sobre o encontro não-autorizado com o jornalista, mas havia sido informado a não conversar com a imprensa.
15 de julho
A Comissão de Relações Exteriores da Câmara dos Comuns, que investiga as condições em que o Reino Unido entrou na guerra contra o Iraque, promove uma reunião especial para questionar Kelly. Ele diz que não foi a principal fonte para a reportagem da BBC. Admite que falou quatro ou cinco vezes com Susan Watts, editora de ciência da BBC.
17 de julho
Gilligan se reúne a portas fechadas com o comitê e novamente se nega a nomear a fonte ou a data do encontro.
Donald Anderson, diretor do comitê, declara: "Gilligan parece ter mudado de idéia sobre a gravíssima alegação de uma forma fundamental". A BBC apóia o repórter.
15h (11h em Brasília)
Kelly diz a sua mulher que vai sair de casa, perto de Abingdon, Oxfordshire, para dar uma volta.
23h45 (19h45 em Brasília)
A família de Kelly liga para a polícia e informa o seu desaparecimento.
18 de julho
9h (5h em Brasília)
A polícia anuncia à imprensa que Kelly está desaparecido e apela à ajuda dos britânicos para encontrá-lo. Policiais dizem estar preocupados como seu bem-estar.
11h (7h em Brasília)
A polícia diz que encontrou o corpo de um homem não-identificado às 9h20.
Com agências internacionais
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Veja cronologia do caso David Kelly
da Folha OnlineA polícia britânica encontrou hoje o corpo de um homem não-identificado que pode ser o de David Kelly, 59, especialista em armas apontado pelo Ministério da Defesa como possível fonte de uma reportagem da BBC sobre o dossiê contra o Iraque.
Veja abaixo uma cronologia, publicada pelo jornal "The Times", do envolvimento de Kelly na disputa entre o governo britânico e a BBC sobre o dossiê contra o Iraque:
Reuters |
O cientista David Kelly, assessor do governo britânico |
Kelly encontra Andrew Gilligan, repórter da BBC, a pedido do jornalista no hotel Charing Cross Hotel em Londres.
29 de maio
A reportagem de Gilligan é divulgada em programa da rádio BBC. Segundo a reportagem, uma fonte oficial não-identificada diz que o governo britânico maquiou o dossiê sobre as supostas armas de destruição em massa iraquianas.
A fonte afirma que os serviços de inteligência estavam descontentes com a declaração no dossiê de que Bagdá poderia lançar armas de destruição em massa em 45 minutos.
30 de junho
Kelly escreve a seu diretor admitindo que havia se encontrado com Gilligan, depois de ler a transcrição das provas do jornalista na Comissão de Relações Exteriores da Câmara dos Comuns.
Início de julho
O jornal "Sunday Times" questiona o envolvimento de Kelly na reportagem da BBC, mas ele nega ser a fonte.
8 de julho
O Ministério da Defesa diz que um conselheiro admitiu ter conversado com Gilligan. O ministério afirmou que a pessoa não era um membro dos serviços de inteligência ou da equipe de inteligência de defesa e não era uma das autoridades responsáveis pelo dossiê.
Richard Sambrook, diretor de reportagem da BBC, se reúne com Geoff Hoon, secretário de Defesa.
Hoon escreve a Gavyn Davies, diretor da BBC, questionando se a rede defendia suas declarações sobre o dossiê.
Hoon afirma que estaria preparado para citar o nome do conselheiro do Ministério da Defesa se a BBC confirmasse ou não que a pessoa era a fonte da reportagem. Davies teria rejeitado a proposta.
A BBC declara que Gilligan encontrou diversas pessoas durante sua reportagem e que a descrição do Ministério da Defesa do conselheiro não parecia com a fonte.
9 de julho
O Ministério da Defesa descreve Kelly como o conselheiro do ministério que admitiu ter encontrado com Gilligan.
12 de julho
Kelly divulga seu primeiro comunicado público sobre o caso. Ele diz que a posição do governo sobre o Iraque era "crível e factual". Ele admite que o escândalo o deixou estressado.
"Eu fui informado a não falar", diz Kelly ao jornal "The Sunday Times".
Ele declara que confessou ter conversado com Gilligan porque acreditava que a disputa havia perdido o controle. "Tem sido uma época muito difícil para mim."
Kelly afirma que não tinha sido repreendido ou pressionado por seus chefes sobre o encontro não-autorizado com o jornalista, mas havia sido informado a não conversar com a imprensa.
15 de julho
A Comissão de Relações Exteriores da Câmara dos Comuns, que investiga as condições em que o Reino Unido entrou na guerra contra o Iraque, promove uma reunião especial para questionar Kelly. Ele diz que não foi a principal fonte para a reportagem da BBC. Admite que falou quatro ou cinco vezes com Susan Watts, editora de ciência da BBC.
17 de julho
Gilligan se reúne a portas fechadas com o comitê e novamente se nega a nomear a fonte ou a data do encontro.
Donald Anderson, diretor do comitê, declara: "Gilligan parece ter mudado de idéia sobre a gravíssima alegação de uma forma fundamental". A BBC apóia o repórter.
15h (11h em Brasília)
Kelly diz a sua mulher que vai sair de casa, perto de Abingdon, Oxfordshire, para dar uma volta.
23h45 (19h45 em Brasília)
A família de Kelly liga para a polícia e informa o seu desaparecimento.
18 de julho
9h (5h em Brasília)
A polícia anuncia à imprensa que Kelly está desaparecido e apela à ajuda dos britânicos para encontrá-lo. Policiais dizem estar preocupados como seu bem-estar.
11h (7h em Brasília)
A polícia diz que encontrou o corpo de um homem não-identificado às 9h20.
Com agências internacionais
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