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18/07/2003
-
16h35
O primeiro-ministro britânico, Tony Blair, declarou-se ''profundamente desolado'' pela família do especialista britânico em armamentos David Kelly, indicou o porta-voz oficial de Downing Street. A polícia britânica encontrou hoje o corpo de um homem não-identificado que pode ser o de Kelly.
''O primeiro-ministro está profundamente desolado pela família'', declarou o porta-voz um pouco antes da chegada de Blair a Tóquio, primeira etapa de uma viagem pela Ásia.
''Não penso que seja agora o momento para tirar conclusões precipitadas'', acrescentou, a bordo do avião que transportava o chefe do Executivo britânico.
O porta-voz afirmou que Blair passou ''um período de tempo considerável'' tratando deste assunto com os seus ministros, incluindo o secretário da Defesa, Geoff Hoon, através de um telefone por satélite.
O cadáver encontrado nesta manhã em Oxfordshire, a cerca de 70 km a oeste de Londres, apresenta as mesmas características do especialista desaparecido desde ontem, anunciou a polícia local, que precisou, contudo, que a identificação oficial do corpo só ocorrerá amanhã.
Investigação
David Kelly, um prestigiado investigador que foi inspetor de armamento das Nações Unidas entre 1994 e 1999 e visitou o Iraque 37 vezes durante esse período, foi envolvido na polêmica com a BBC sobre o dossiê sobre as armas iraquianas. O relatório teria sido deliberadamente alterado pelo governo, segundo o jornalista da emissora pública britânica Andrew Gilligan.
Segundo o porta-voz do primeiro-ministro, o Ministério da Defesa pretende abrir um ''inquérito judicial independente'' caso se confirme que o corpo é de Kelly.
Kelly, 59, saiu de casa ontem às 15h (12h em Brasília) para um passeio e não apareceu mais desde então, tendo sido dado como desaparecido às 23h45 (horário local).
Se confirmada a morte de Kelly, o governo trabalhista de Tony Blair enfrentará uma ''crise política de grandes dimensões'', ressaltou Adam Boulton, especialista em assuntos políticos da TV SkyNews e que acompanha o premiê em sua viagem pela Ásia.
O líder da oposição trabalhista, Iain Duncan Smith, disse que Blair deveria considerar a hipótese de encurtar a sua viagem pela Ásia e regressar ao Reino Unido para responder às questões relacionadas com este caso.
''Claramente, cabe [a Blair] decidir'', disse. ''Mas, se eu fosse primeiro-ministro, penso que encurtaria esta visita e regressaria ao país'', afirmou Smith.
''Não excluo a convocação do Parlamento'', em férias desde ontem, acrescentou o político.
Sobre as declarações de Blair relativas à abertura de um inquérito pelo Ministério da Defesa para averiguar as circunstâncias da morte do especialista em armamento, Smith apoiou a medida, mas disse desejar que o possível inquérito seja ampliado com as condições da participação do Reino Unido na Guerra do Iraque.
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Tony Blair diz estar ''desolado'' pela família de David Kelly
da Agência Lusa, em TóquioO primeiro-ministro britânico, Tony Blair, declarou-se ''profundamente desolado'' pela família do especialista britânico em armamentos David Kelly, indicou o porta-voz oficial de Downing Street. A polícia britânica encontrou hoje o corpo de um homem não-identificado que pode ser o de Kelly.
''O primeiro-ministro está profundamente desolado pela família'', declarou o porta-voz um pouco antes da chegada de Blair a Tóquio, primeira etapa de uma viagem pela Ásia.
''Não penso que seja agora o momento para tirar conclusões precipitadas'', acrescentou, a bordo do avião que transportava o chefe do Executivo britânico.
O porta-voz afirmou que Blair passou ''um período de tempo considerável'' tratando deste assunto com os seus ministros, incluindo o secretário da Defesa, Geoff Hoon, através de um telefone por satélite.
O cadáver encontrado nesta manhã em Oxfordshire, a cerca de 70 km a oeste de Londres, apresenta as mesmas características do especialista desaparecido desde ontem, anunciou a polícia local, que precisou, contudo, que a identificação oficial do corpo só ocorrerá amanhã.
Investigação
David Kelly, um prestigiado investigador que foi inspetor de armamento das Nações Unidas entre 1994 e 1999 e visitou o Iraque 37 vezes durante esse período, foi envolvido na polêmica com a BBC sobre o dossiê sobre as armas iraquianas. O relatório teria sido deliberadamente alterado pelo governo, segundo o jornalista da emissora pública britânica Andrew Gilligan.
Segundo o porta-voz do primeiro-ministro, o Ministério da Defesa pretende abrir um ''inquérito judicial independente'' caso se confirme que o corpo é de Kelly.
Kelly, 59, saiu de casa ontem às 15h (12h em Brasília) para um passeio e não apareceu mais desde então, tendo sido dado como desaparecido às 23h45 (horário local).
Se confirmada a morte de Kelly, o governo trabalhista de Tony Blair enfrentará uma ''crise política de grandes dimensões'', ressaltou Adam Boulton, especialista em assuntos políticos da TV SkyNews e que acompanha o premiê em sua viagem pela Ásia.
O líder da oposição trabalhista, Iain Duncan Smith, disse que Blair deveria considerar a hipótese de encurtar a sua viagem pela Ásia e regressar ao Reino Unido para responder às questões relacionadas com este caso.
''Claramente, cabe [a Blair] decidir'', disse. ''Mas, se eu fosse primeiro-ministro, penso que encurtaria esta visita e regressaria ao país'', afirmou Smith.
''Não excluo a convocação do Parlamento'', em férias desde ontem, acrescentou o político.
Sobre as declarações de Blair relativas à abertura de um inquérito pelo Ministério da Defesa para averiguar as circunstâncias da morte do especialista em armamento, Smith apoiou a medida, mas disse desejar que o possível inquérito seja ampliado com as condições da participação do Reino Unido na Guerra do Iraque.
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