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30/07/2009 - 09h28

Nobel da Paz aguarda veredicto que pode tirá-la de eleição em Mianmar

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da Efe, em Bancoc

A líder do movimento democrata birmanês e Prêmio Nobel da Paz, Aung San Suu Kyi, aguarda "tranquila" e atrás dos muros da prisão de segurança máxima de Insein, o veredicto do julgamento por violar a prisão domiciliar. Uma condenação pode tirá-la das eleições previstas para 2010 em Mianmar.

O julgamento de Suu Kyi, a Nobel da Paz que se transformou na maior pesadelo da Junta Militar birmanesa, ficou pronto para sentença na terça-feira passada, depois do obscuro processo realizado pelo tribunal especial dentro do complexo penitenciário.

David Longstreath-06mai.02/AP
Julgamento de Aung San Suu Kyi deve ser encerrado nesta sexta
Julgamento de Aung San Suu Kyi deve ser encerrado nesta sexta

"Aung San Suu Kyi está tranquila e centrada no veredicto", disse Nyan Win, um dos advogados que a defenderam e porta-voz da Liga Nacional pela Democracia (LND).

Suu Kyi, 64, está confinada em um edifício de dois andares de Insein, com aparelho de ar-condicionado e um refrigerador onde guarda alguns mantimentos enviados por simpatizantes. Todos os dias recebe a edição do jornal "New Light of Myanmar", órgão de propaganda do regime militar.

"Se o veredicto do tribunal for de culpabilidade, apelaremos", disse o advogado.

A Junta Militar, por meio de um editorial publicado nesta quinta-feira pelo jornal estatal, advertiu à população que não tolerará nenhum ato de incitação ao protesto contra o veredicto, e lembrou que as pessoas que cumprem penas de prisão "não têm direito de votar nem de se apresentar como candidatos em eleições".

A líder da LND, detida pela primeira vez em 1989 e que já passou 14 dos últimos 20 anos retida, foi julgada por infringir a ordem de prisão domiciliar que cumpria há quase seis anos e que lhe proibia qualquer contato com o exterior.

Desde o início do julgamento, no dia 18 de maio, a defesa enfrentou uma série de impedimentos do tribunal, que só aceitou duas de suas quatro testemunhas, frente às 23 que seu advogado havia proposto.

Caso seja declarada culpada, Suu Kyi pode ser condenada a até cinco anos de prisão.

 

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