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19/07/2003
-
04h01
A imprensa britânica estima hoje que o primeiro-ministro Tony Blair enfrentará uma grave crise política ligada à morte do especialista do governo em armas biológicas David Kelly, no centro da polêmica sobre a participação do Reino Unido na Guerra do Iraque.
Vários jornais acusam o governo Blair de utilizar o cientista, funcionário do Ministério britânico da Defesa, como "bode expiatório" na polêmica revelada pela BBC.
Kelly foi apresentado pelo Ministério da Defesa como uma das possíveis "fontes" do jornalista da BBC que revelou que o relatório sobre as armas de destruição em massa do Iraque foi "inflado" pelo governo britânico para justificar a participação na guerra.
"Morre o bode expiatório" é o título do jornal "Daily Telegraph", que estima que Blair enfrentará sua mais grave crise desde que chegou ao poder. Em seu editorial, o jornal pede que Alastair Campbell, diretor de Comunicação do primeiro-ministro, seja demitido, que o ministro da Defesa, Geoff Hoon, "preste contas" e que Blair faça "uma declaração pública" sobre o caso.
O "Daily Mail" ataca igualmente o modo como o governo tratou Kelly e publica na primeira página as fotos de Blair, Campbell e Hoon sob o título: "Estão orgulhosos?".
O "Daily Mirror" diz que Kelly "foi perseguido até a morte por seu governo, e o "Guardian" estima que as repercussões políticas do caso "podem ser incalculáveis".
O "Independent" declara que Kelly "era um homem de bem e um funcionário fiel" que foi pressionado até "níveis intoleráveis".
Finalmente, o "Financial Times" afirma que "a morte de David Kelly é um golpe enorme para todo o governo de Tony Blair". O premiê "será incapaz de transformar a derrota de Saddam Hussein em uma vitória política [...]. A incapacidade para encontrar as armas de destruição em massa semeou dúvidas entre o povo britânico quanto à justificativa da guerra no Iraque".
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Caso Kelly deflagra crise política no Reino Unido
da France Presse, em Londres (Reino Unido)A imprensa britânica estima hoje que o primeiro-ministro Tony Blair enfrentará uma grave crise política ligada à morte do especialista do governo em armas biológicas David Kelly, no centro da polêmica sobre a participação do Reino Unido na Guerra do Iraque.
Vários jornais acusam o governo Blair de utilizar o cientista, funcionário do Ministério britânico da Defesa, como "bode expiatório" na polêmica revelada pela BBC.
Kelly foi apresentado pelo Ministério da Defesa como uma das possíveis "fontes" do jornalista da BBC que revelou que o relatório sobre as armas de destruição em massa do Iraque foi "inflado" pelo governo britânico para justificar a participação na guerra.
"Morre o bode expiatório" é o título do jornal "Daily Telegraph", que estima que Blair enfrentará sua mais grave crise desde que chegou ao poder. Em seu editorial, o jornal pede que Alastair Campbell, diretor de Comunicação do primeiro-ministro, seja demitido, que o ministro da Defesa, Geoff Hoon, "preste contas" e que Blair faça "uma declaração pública" sobre o caso.
O "Daily Mail" ataca igualmente o modo como o governo tratou Kelly e publica na primeira página as fotos de Blair, Campbell e Hoon sob o título: "Estão orgulhosos?".
O "Daily Mirror" diz que Kelly "foi perseguido até a morte por seu governo, e o "Guardian" estima que as repercussões políticas do caso "podem ser incalculáveis".
O "Independent" declara que Kelly "era um homem de bem e um funcionário fiel" que foi pressionado até "níveis intoleráveis".
Finalmente, o "Financial Times" afirma que "a morte de David Kelly é um golpe enorme para todo o governo de Tony Blair". O premiê "será incapaz de transformar a derrota de Saddam Hussein em uma vitória política [...]. A incapacidade para encontrar as armas de destruição em massa semeou dúvidas entre o povo britânico quanto à justificativa da guerra no Iraque".
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