Militares reservistas fazem cerimônia de apoio a governo interino de Honduras

Os reservistas das Forças Armadas de Honduras expressaram neste sábado seu apoio ao governo interino liderado por Roberto Micheletti, a quem o Parlamento designou como presidente depois que os militares expulsaram o presidente eleito Manuel Zelaya do país, em 28 de junho passado.

O presidente da Associação de Reservistas das Forças Armadas, o coronel reformado César Ordóñez, entregou a Micheletti a bandeira hondurenha como mostra de que a organização está "à disposição" de seu governo.

Zelaya foi retirado de sua casa por militares e expulso do país, ainda de pijamas, em um golpe orquestrado por Suprema Corte, Congresso e Exército. Eles alegam que Zelaya rompeu com a Constituição ao insistir em um referendo sobre consulta popular para mudar a Constituição e incluir a possibilidade de reeleição, proibida na atual Carta.

A cerimônia aconteceu em uma praça próxima à Casa Presidencial, com a participação de cerca de mil reservistas, que vestiam camisas brancas.

Micheletti afirmou aos presentes que o país embarca em um novo esforço para superar o isolamento diplomático da comunidade internacional desde o golpe de 28 de junho e prometeu reconciliação'ao entre os diversos setores da sociedade civil.

a cerimônia também teve a presença de um grupo de veteranos de guerra dos conflitos que Honduras manteve com a Nicarágua em 1957 e com El Salvador em 1969, em ambos os casos por causa de problemas em relação a fronteiras.

Em seu discurso, Micheletti agradeceu "a nobreza" dos reservistas, que "se aproximaram a este poder do Estado para se colocar voluntariamente às ordens na defesa da pátria".

Além disso, qualificou as Forças Armadas e a Polícia Nacional de "entes heroicos" e de "fiadores da paz e das liberdades".

O ato foi parte das comemorações do Dia do Reservista, que incluiu atividades em outro setor da capital hondurenha.

Com Associated Press e Efe