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Afeganistão nega ameaça de bomba em voo que ia para China
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da Folha Online
Autoridades afegãos afirmaram neste domingo que um avião de passageiros do país foi proibido de pousar na China porque não possuía os documentos necessários para a aterrissagem, negando assim relato anterior da agência oficial chinesa Xinhua de que haveria uma ameaça de bomba.
O avião da companhia afegã Kam Air airline, partiu de Cabul com destino a Xinjiang, região oeste da China. Proibido de aterrissar no local, voltou para o Afeganistão e pousou em Kandahar.
Um controlador de tráfego aéreo de Cabul e um policial no aeroporto em Kandahar rejeitaram suposta ameaça de bomba que teria assustado as autoridades chinesas e forçado o avião a voltar.
"Ele pode voltar a Cabul quando quiser", disse o policial em Kandahar, explicando que a aeronave pousou na cidade e não na capital, seu ponto de origem, por ventos não apropriados. O presidente da Kam Airlines, Zamari Kamgar, confirmou à Xinhua que o avião aterrissou em Kandahar devido ao mau tempo na capital afegã.
As fontes disseram ainda que o voo foi o primeiro da companhia aérea a cumprir a rota até Xinjiang, onde o governo provincial rejeitou permissão para aterrissar.
Um assessor de imprensa das forças da Otan (Organização do Tratado do Atlântico Norte) no país, Brian Naranjo, também rejeitou relatos de que haveria uma ameaça de bomba no avião.
Em 5 de julho, um conflito étnico na região de Xinjiang entre uigures, maioria na área, e chineses da etnia han deixou 197 mortos, em sua maioria colonos han, segundo a versão oficial chinesa. Dois dias mais tarde, centenas de uigures foram assassinados.
Com agências internacionais
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