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11/08/2009 - 07h52

Militares brasileiros não veem problema em acordo EUA-Colômbia

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FLÁVIA MARREIRO
da Folha de S.Paulo

O acordo militar entre EUA e Colômbia não ameaça o Brasil. Tampouco o raio de ação de aviões americanos que eventualmente usarão instalações colombianas é uma preocupação particular para o país.

Essa é a opinião de um militar de alta patente do Exército brasileiro, compartilhada por ex-militares e analistas do tema. A fonte militar, familiarizado com temas da segurança da Amazônia, sustenta que, tal como apresentada até agora, a negociação para permitir o uso pelo Pentágono de até sete bases na Colômbia é um tema soberano do país de Álvaro Uribe. Frisa que Brasil e EUA têm excelente parceria militar.

Saiba mais sobre o acordo militar entre EUA e Colômbia
Base será usada para reabastecer aviões de carga

À diferença da diplomacia brasileira, o militar tampouco vê problema no alcance das aeronaves que podem vir a ser utilizadas na Colômbia. Em termos de capacidade de monitoramento da Amazônia, por exemplo, pondera que a tecnologia americana mais potente "não está embarcada em aviões", mas em satélites com raio de ação muito maior.

O coronel reformado Geraldo Cavagnari, do Núcleo de Estudos Estratégicos da Unicamp, concorda: "Na análise desta situação, os militares são um pouco mais realistas".

A distância entre a abordagem do tema entre Presidência, Itamaraty e Ministério da Defesa também foi sinalizada pelo ministro Nelson Jobim.

Na sexta, em declarações reportadas pela Agência Brasil, o ministro da Defesa disse que as negociações entre Bogotá e Washington "estão vinculadas ao acordo antigo da Colômbia com os EUA sobre a questão do combate ao narcotráfico". Disse ainda que o tema não lhe "preocupa". Já para o chanceler Celso Amorim "há um fato novo", que exige "novas consultas" com ambos os países.

Venezuela, Brasil e Farc

O militar se mostra solidário ao pedido da Colômbia para que os países vizinhos como Venezuela e Equador reprimam as Farc (Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia) dentro de seus territórios. Questionada sobre a presença das Farc no Brasil, a fonte pontua a dificuldade de patrulhar 1.644 km de fronteira verde. Mas diz que o país trabalha em coordenação com serviços de inteligência da Colômbia e "não está de costas para o problema". A eventual presença das Farc, pondera, é que representaria "ameaça à soberania".

Tanto a fonte militar quanto Geraldo Cavagnari veem no acordo, ainda em negociação, um elemento de dissuasão frente à Venezuela.

Comentários dos leitores
eduardo de souza (480) 13/11/2009 13h15
eduardo de souza (480) 13/11/2009 13h15
claudia kabus, se fizerem uma pesquisa de quem apoia Hugo Chaves apenas 0,5% não aprovariam, adivinhe quem são esses 0,5%? 1 opinião
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J. R. (1157) 10/11/2009 21h36
J. R. (1157) 10/11/2009 21h36
'O ministro das Relações Exteriores, Celso Amorim, afirmou nesta segunda-feira que o Brasil está disposto, caso peçam, a atuar como mediador entre Colômbia e Venezuela para reduzir as tensões que levaram o presidente venezuelano, Hugo Chávez, a alertar sobre uma possível guerra.' - Creio que esse é o momento do Brasil endurecer a postura para que todos saibam que não toleraria incursões em seu território, já que uma eventual guerra entre FARC x Colômbia x Venezuela x Estados Unidos espirraria em nosso território, e a licitação dos caças do Brasil 'nem começou' ainda. Juiz de boxe também vai a nocaute às vezes ... 59 opiniões
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Juca Bala (84) 10/11/2009 18h31
Juca Bala (84) 10/11/2009 18h31
Foi bonita a festa de comemoração da queda do muro de Berlim e do fim do símbolo de um regime desumano e retrógrado. Será que o Chico vai cantar "Foi bonita a festa pá" rsrsrs. "A queda do muro --escreveu João Paulo 2°-- como a queda de perigosos simulacros e de uma ideologia opressiva, demonstraram que as liberdades fundamentais, que dão significado à vida humana, não podem ser reprimidas nem sufocadas por muito tempo".(Ou viva o neo-liberalismo) Santas palavras... ainda não aprendidas pelos muitos cabeças de bagre por aqui. sem opinião 1 opinião
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