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29/07/2003 - 22h11

Farc negam plano para libertar ex-candidata colombiana

da France Presse, em Bogotá

A guerrilha das Farc (Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia) negou hoje que tenha cogitado a possibilidade de libertar a ex-candidata presidencial colombiana Ingrid Betancourt e que tenha havido contatos com o governo da França ou familiares da dirigente política com este objetivo.

Em uma nota divulgada hoje na internet, as Farc rejeitam as informações sobre encontros de supostos enviados da guerrilha com parentes de Betancourt e funcionários franceses na fronteira com o Brasil, para tratar de sua libertação.

O grupo rebelde insiste que ''o ocorrido foi obra da inteligência militar liderada pelo presidente Álvaro Uribe, com a finalidade de enganar e assaltar as boas intenções humanitárias dos franceses''.

Além disso, as Farc reiteram sua exigência ao governo da Colômbia de fazer uma troca, ou acordo humanitário, para a libertação dos reféns.

''A política oficial das Farc é obter a troca, ou acordo humanitário, que permita libertar todos os detidos políticos em poder do governo e das Farc'', ressalta o comunicado, assinado pelo Secretariado (alto comando) do grupo rebelde.

''Com esta finalidade, já fizemos nossas exigências ao governo e estão nomeados os três negociadores, mas continuamos sem receber a resposta oficial'', acrescenta a guerrilha.

Polêmica

Esta foi a primeira vez que as Farc falaram sobre a polêmica deflagrada pela presença do avião francês Hércules C-130, que chegou à cidade de Manaus (1.000 km da fronteira com a Colômbia) no dia 9 de julho para resgatar Ingrid Betancourt. ''Sobre este particular, as Farc expressam às comunidades nacional e internacional seu total desconhecimento e absoluta recusa (...) Qualquer tentativa de libertar detidos em nosso poder por vias diferentes das autorizadas pelo Secretariado em nada compromete o nome, nem a política da organização'', esclareceu.

O governo colombiano negou ter conhecimento das movimentações para soltar Betancourt. O vice-presidente Francisco Santos comentou, na sexta-feira (25), que ''frente a este episódio, o que queremos é que se esclareçam as coisas''.

A família de Betancourt garantiu que tanto o governo colombiano quanto o do Brasil sabiam das movimentações para uma eventual libertação da dirigente na fronteira.

Em seu comunicado, as Farc não fazem referência alguma ao estado de saúde da ex-candidata presidencial, em seu poder desde 23 de fevereiro de 2002 e cujos familiares não recebem uma prova de sobrevivência há um ano.

Em fevereiro passado, a guerrilha garantiu em uma entrevista por escrito à France Presse que a dirigente estava bem, sem dar mais detalhes.

Betancourt faz parte de uma lista com mais de 20 políticos, cerca de 40 militares e policiais, além de três americanos, que as Farc querem trocar por todos os seus membros presos pelas autoridades colombianas.

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