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30/07/2003 - 15h14

Bush admite responsabilidade por acusação falsa contra Iraque

da Folha Online

O presidente dos Estados Unidos, George W. Bush, admitiu hoje a responsabilidade pela acusação falsa de que o Iraque tentava comprar urânio na África para desenvolver armas nucleares.

A Casa Branca enfrentou uma breve crise devido à revelação de que eram falsas denúncias contra o Iraque incluídas no discurso sobre o Estado da União proferido por Bush em janeiro.

Em entrevista coletiva na Casa Branca, Bush disse hoje que demoraria para provar que Saddam Hussein tinha um programa de armas de destruição em massa.

Os Estados Unidos e o Reino Unido usaram a suposta ameaça iminente iraquiana do uso de armas de destruição em massa para lançar uma invasão contra o regime de Saddam Hussein.

"Assumo a responsabilidade por tudo o que digo", declarou Bush, ao ser indagado sobre o discurso. Bush havia sido criticado por não ter admitido sua responsabilidade sobre a acusação falsa.

Em sua primeira entrevista coletiva em mais de quatro meses, Bush defendeu sua assessora de segurança nacional, Condoleezza Rice, que também foi criticada pela inclusão da acusação no discurso.

"Condoleeezza Rice é uma pessoa honesta e fabulosa e os EUA têm sorte de ter seus serviços", afirmou.

Bush disse ainda que a morte de dois filhos de Saddam Hussein demonstra ao povo iraquiano que o antigo regime foi derrubado para sempre, mas declarou não saber o quanto os EUA estão próximos de capturar o deposto ditador iraquiano.

"Não sei o quanto estamos perto. Estamos na caçada. Estamos mais perto do que ontem", afirmou Bush.

Bush declarou que os EUA e seus aliados "finalizariam sua missão no Iraque e no Afeganistão". "Vamos levar a guerra contra o terrorismo a cada inimigo que ataque o nosso povo", afirmou.

Erro

A CIA (serviço secreto americano) teria recebido do serviço secreto britânico a informação de uma suposta tentativa de compra de urânio no Níger. A administração dos EUA disse que foi um erro haver incluído o trecho sobre o urânio no discurso sobre o Estado da União proferido por Bush em janeiro.

O diretor da CIA (serviço secreto americano), George Tenet, assumiu a responsabilidade, há duas semanas, por não ter evitado que o trecho fosse incluído no discurso da Casa Branca, apesar das dúvidas da CIA sobre a credibilidade da informação.

A ONU afirma que a informação foi baseada em documentos forjados, mas o governo britânico diz ter fontes diferentes para sustentar essa hipótese.

Com agências internacionais

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