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01/08/2003 - 17h14

Explosão de carro-bomba mata 35 em hospital militar na Rússia

da Folha Online

A explosão de um carro-bomba em um hospital militar deixou hoje ao menos 35 mortos na cidade de Mozdok, na região russa da Ossétia do Norte, próximo à fronteira com a república separatista da Tchetchênia, afirmaram autoridades.

Segundo um balanço da Promotoria que investiga o caso, citado pela agência Interfax, 150 pessoas estava no hospital que foi destruído pela explosão, sendo que cerca de 100 eram pacientes.

De acordo com o major Nikolai Lityuk, chefe-adjunto da região sul do Ministério de Situações de Emergências da Rússia, 69 pessoas foram feridas.

O promotor Sergei Fridinsky afirmou que o número de mortos pode subir. ''Se julgarmos pelo tamanho da destruição e o número de pessoas que se encontravam no hospital --150, incluindo 100 pacientes e 50 funcionários--, o número de vítimas provavelmente será maior'', disse Fridinsky.

Segundo testemunhas, a explosão foi causada por um homem que lançou o caminhão que dirigia contra o portão do complexo do hospital.

Autoridades do Ministério de Emergências afirmaram que não estava claro se foi o caminhão ou outro veículo estacionado no portão que causou a explosão.

Equipes de resgate retiravam os sobreviventes entre os escombros do prédio. Mozdok abriga uma das maiores bases militares russas no Cáucaso, disse uma autoridade.

No dia 5 de junho, a explosão de uma mulher-bomba matou 17 pessoas nas cercanias de Mozdok. Oito militares, entre eles quatro oficiais da Força Aérea, estavam entre os mortos.

Nenhum grupo assumiu o atentado, mas o governo russo considerou-o uma obra dos grupos rebeldes. Dois outros atentados na região em maio, que mataram ao todo mais de 75 pessoas, foram assumidos pelo líder rebelde tchetcheno Shamil Basayev.

A Tchetchênia se autoproclamou independente em 1991, após o colapso da União Soviética, mas a Rússia ainda a considera parte de seu território.

Após o primeiro conflito na região, entre 1994 e 1996, as Forças Armadas da Rússia deixaram a Tchetchênia humilhadas. O segundo conflito na região entre rebeldes independentistas e soldados russos teve início em outubro de 1999 e já matou milhares de militares russos e dezenas de milhares de tchetchenos, boa parte deles civis.

Em um referendo em março, contestado pelos rebeldes separatistas, mais de 90% dos tchetchenos teriam votado pela manutenção da república vinculada à Rússia.

Com agências internacionais

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