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02/08/2003 - 13h09

Sobe para 42 o número de mortos em atentado contra hospital russo

da Folha Online

Centenas de membros das equipes de emergência trabalhavam hoje em busca de pessoas soterradas em um hospital militar russo destruído por uma explosão que deixou 42 mortos. O atentado, atribuído pelo governo a rebeldes tchetchenos, aconteceu ontem na cidade de Mozdok (Ossétia do Norte), próximo à fronteira com a república separatista da Tchetchênia.

O balanço de mortos ainda pode subir, já que cerca de dez pessoas estão sob os destroços do complexo hospitalar atingido, segundo testemunhas, por um caminhão cheio de explosivos dirigido por um homem na noite de ontem.

O porta-voz do Ministério de Situações de Emergência no sul da Rússia, Robert Kireyev, informou que o total de mortos subiu para 42 nesta tarde (manhã no Brasil), com 36 corpos identificados. De acordo com Kireyev, 74 pessoas permanecem hospitalizadas, sendo dez delas em estado crítico. Entre os feridos estão 19 militares, 12 moradores do local e oito funcionários do hospital.

Resgate

Pelo menos 1.300 pessoas, entre elas centenas de militares, participam nas operações de resgate ajudadas por escavadoras e cães adestrados.

A polícia de Moscou foi colocada em estado de alerta e a segurança dos principais prédios públicos foi reforçada na capital.

O ministro russa da Defesa, Serguei Ivanov, foi ao local da tragédia nesta manhã. ''Trata-se de um atentado bem preparado'', declarou Serguei Fridinski, adjunto do Procurador-geral russo ao canal de televisão NTV.

Fridinksi disse que, apesar de apenas um indivíduo estar no caminhão que explodiu, os órgãos judiciais já sabem o número de pessoas que participaram no atentado e, inclusive, conhecem seus nomes e apelidos.

Segundo ele, o fato de o hospital de Mozdok atender aos soldados russos das forças do Cáucaso do Norte feridos na Tchetchênia leva a pensar que este ato foi uma vingança das tropas rebeldes.

Mozdok é, no entanto, uma das cidades mais seguras da região, pois está fechada aos civis e cercada por postos de controle militar.

Condolências

O presidente Vladimir Putin ordenou uma investigação judicial sobre o atentado. Em um comunicado em que presta condolências às famílias das vítimas, Putin classificou a ação como ''outra confirmação da desumanidade e crueldade dos bandidos que estão tentando desestabilizar a situação no norte do Cáucaso'', a região ao sul da Rússia que inclui a Tchetchênia.

''Mas os terroristas não serão capazes de impor sua determinação criminosa'', disse o informe distribuído pelo serviço de imprensa do governo.

''Seus atos sangrento não cessarão o processo de ajuste político e a restauração da vida pacífica normal'', declarou Putin.

Com agências internacionais

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