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11/08/2003 - 22h14

Onda de atentados na Colômbia deixa oito mortos e 22 feridos

da France Presse, em Bogotá

A Colômbia tem sido sacudida por uma ofensiva guerrilheira, que nos últimos três dias deixou um saldo de oito mortos --todos civis-- e 22 feridos em quatro atentados com carros-bombas, o que motivou hoje um pronunciamento do presidente Álvaro Uribe aos comandos militares.

''A força pública tem de ser apoiada e estimulada, mas também exigida. Temos a consciência de que os comandantes das brigadas e dos batalhões que vão bem, mas sabemos dos que estão mal. Esses devem apresentar sua renúncia'', declarou o presidente, após se reunir com a ministra da Defesa, Martha Lucía Ramírez e a cúpula militar.

Os atos terroristas, registrados em cidades dos Departamentos de Arauca, Meta e Cundinamarca, estão sendo atribuídos à guerrilha das Farc (Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia).

A onda de atentados começou na sexta-feira (8), quando um carro-bomba explodiu na localidade de Saravena, em Arauca, provocando a morte de cinco pessoas, incluindo duas crianças.

O carro-bomba foi ativado perto de uma patrulha militar que realizava operações na localidade, de acordo com autoridades, que ofereceram uma recompensa de US$ 17 mil por informação que ajude na captura dos responsáveis.

Um dia depois, outro carro-bomba foi detonado em uma estrada de Cundinamarca --entre Bogotá e o município de Cáqueza--, a 80 km da capital colombiana, causando a morte de um operário que trabalhava no local e deixando gravemente ferido um policial.

Pelo terceiro dia consecutivo, as Farc ativaram na noite de ontem um veículo carregado com 80 quilos de explosivos no município de San Martín, Meta, o que deixou um saldo de um morto e 17 feridos.

O caminhão-bomba explodiu bem próximo a um posto de gasolina na entrada da cidade (200km de Bogotá), também provocando danos em casas e estabelecimentos comerciais.

Outros veículos carregados de explosivos não chegaram a ser detonados pela guerrilha em Meta, na estrada entre os povoados de Fuente de Oro e Puerto Lleras, informou hoje o comandante de polícia, coronel José Arnulfo Oliveros.

''Estamos arrasados, muito tristes... Os que ordenaram esses atentados são doentes, de mente má. Esses atos matam gente inocente, que nada tem a ver com o conflito'', lamentou hoje o prefeito de San Martín, Eduardo Díaz.

Apenas meia hora após o atentado de San Martín, outro carro-bomba explodiu a 6 km do centro urbano de Arauquita, em Arauca, quando passavam pelo local dois homens --um deles morreu e outro ficou muito ferido.

Arauca tem sido, este ano, o principal cenário da ofensiva da guerrilha, pois em janeiro várias explosões sacudiram municípios diferentes da região --incluindo sua capital de mesmo nome.

Em 17 de julho, duas horas depois de Uribe deixar Arauca, após uma visita de três dias, um carro-bomba explodiu na capital do Departamento e fez três feridos. Alguns dias depois, outro veículo foi detonado em Saravena, mas não provocou vítimas.

As Farc, que são a principal guerrilha do país com 17 mil combatentes, ainda não se pronunciaram sobre a autoria dos atentados.

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