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18/08/2003
-
15h29
O dossiê em que o primeiro ministro britânico, Tony Blair, se baseou para justificar a intervenção militar no Iraque não continha provas de que Bagdá representasse uma ameaça, segundo um e-mail de um importante assessor do premiê divulgado hoje.
A mensagem é o primeiro indício de que houve um debate interno no governo britânico sobre a validade das informações que justificaram a Guerra do Iraque, à qual a maioria da população do Reino Unido se opunha.
''O documento não demonstra uma ameaça, para não dizer uma ameaça iminente por parte do [presidente iraquiano] Saddam Hussein'', escreveu o chefe de gabinete de Blair, Jonathan Powell, à uma autoridade do serviço de inteligência britânico.
''Ele [o dossiê] mostra que ele tem os meios, mas não demonstra que ele tenha motivo para atacar seus vizinhos, quanto menos o Ocidente'', afirmou Powell na mensagem eletrônica enviada uma semana antes do polêmico dossiê ser publicado, em 24 de setembro de 2002 --cerca de seis meses antes da invasão anglo-americana.
Os comentários de Powell, revelados durante o inquérito que investiga o suposto suicídio do especialista em armas de destruição em massa David Kelly, põem em dúvida as alegações de Blair de que o programa de armas biológicas e químicas iraquiano significava uma ameaça ''séria e atual''.
Com Reuters
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E-mail de assessor complica situação de Blair no caso Iraque
da Folha OnlineO dossiê em que o primeiro ministro britânico, Tony Blair, se baseou para justificar a intervenção militar no Iraque não continha provas de que Bagdá representasse uma ameaça, segundo um e-mail de um importante assessor do premiê divulgado hoje.
A mensagem é o primeiro indício de que houve um debate interno no governo britânico sobre a validade das informações que justificaram a Guerra do Iraque, à qual a maioria da população do Reino Unido se opunha.
''O documento não demonstra uma ameaça, para não dizer uma ameaça iminente por parte do [presidente iraquiano] Saddam Hussein'', escreveu o chefe de gabinete de Blair, Jonathan Powell, à uma autoridade do serviço de inteligência britânico.
''Ele [o dossiê] mostra que ele tem os meios, mas não demonstra que ele tenha motivo para atacar seus vizinhos, quanto menos o Ocidente'', afirmou Powell na mensagem eletrônica enviada uma semana antes do polêmico dossiê ser publicado, em 24 de setembro de 2002 --cerca de seis meses antes da invasão anglo-americana.
Os comentários de Powell, revelados durante o inquérito que investiga o suposto suicídio do especialista em armas de destruição em massa David Kelly, põem em dúvida as alegações de Blair de que o programa de armas biológicas e químicas iraquiano significava uma ameaça ''séria e atual''.
Com Reuters
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