25/08/2003 - 16h35

Furacão Inácio atinge Estado de Baixa Califórnia, no México

da Folha Online

O furacão Inácio atingiu hoje o Estado mexicano da Baixa Califórnia, fazendo com que milhares de pessoas tivessem que deixar suas casas ou procurar abrigo, informaram autoridades.

Autoridades disseram que cerca de 3.000 pessoas foram retiradas de suas casas conforme o furacão atingia a costa do Estado, derrubando árvores e cabanas de praia. Cerca de 10 mil desabrigados buscaram refúgio em albergues da capital do Estado, La Paz, devido às chuvas intensas e ao vento forte.

O furacão avança a noroeste do golfo da Califórnia (ao norte do México), e a cidade de La Paz está em alerta vermelho.

O furacão "se deslocava para noroeste a 5 km/h, com ventos de 140 km/h", informou o Serviço Meteorológico Nacional (SMN). Segundo o SMN, "Inácio continuava se enfraquecendo, e estava localizado às 13h (15h de Brasília), 45 km ao leste-nordeste de La Paz e a 95 km ao norte-nordeste de Todos Santos, na Baixa Califórnia Sul". Nas próximas horas o furacão Inácio se afastará de La Paz e de Todos Santos.

A trajetória do furacão é lenta, paralela à costa da península da Califórnia, e não tocou a terra porque seu olho segue sobre o mar. Não se descarta, porém, a possibilidade de o furacão atingir o solo ainda hoje, informou Jaime Albarrán, meteorologista do SMN.

Autoridades de proteção civil reportaram quedas de árvores, de postes e de anúncios e disseram que não há vítimas. A Cruz Vermelha confirmou a informação.

Alerta vermelho

"Enquanto se mantiver o alerta vermelho em La Paz, ninguém poderá viajar nem deixar de observar as recomendações" das autoridades de proteção civil, disse o governador do Estado, Leonel Cota Montaño.

O fenômeno meteorológico, cujo olho tem um diâmetro de 18 km, deve afetar a Baixa Califórnia Sul, Sinaloa (noroeste), Nayarit (leste) e Jalisco (centro-oeste), assim como o Estado de Durango, no interior do país, informou o SMN.

O aeroporto de La Paz está fechado, e na "zona costeira de máxima atenção", que se estende de Baía Magdalena a Loreto (sul da península), foram suspensas atividades laborais, escolares e empresariais, devido ao "alerta vermelho".

Com agências internacionais

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