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Unasul debate militarização da região sob clima de desconfiança
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da Folha Online
Os ministros Celso Amorim (Relações Exteriores) e Nelson Jobim (Defesa) participarão, nesta terça-feira, em Quito, de reunião extraordinária da Unasul (União de Nações Sul-Americanas) marcada pela desconfiança entre os países-membros.
O encontro ocorre em meio à polêmica causada pelo acordo que aumenta a presença militar dos Estados Unidos na Colômbia e a parcerias firmadas recentemente, no mesmo setor, por Brasil --com a França, para comprar helicópteros e submarinos, incluindo um nuclear-- e por Venezuela --com a Rússia, para comprar armamento e 92 tanques T72.
Sergio Moraes /Reuters |
O chanceler Amorim, que deverá insistir para que atuação dos EUA na região fique restrita |
Em nota, o Itamaraty informou que os ministros sul-americanos irão abordar a transparência na defesa e "garantias de que acordos de cooperação militar não comprometam a segurança, a soberania e a integridade territorial dos países sul-americanos", em uma clara referência às reivindicações brasileiras em relação ao acordo EUA-Colômbia.
Quando assinado, o acordo permitirá aos EUA manter 1.400 pessoas, entre militares e civis, em bases colombianas, pelos próximos dez anos. Os aliados dizem que o acordo não é novo, mas sim uma extensão do acordo de combate ao narcotráfico e às Farc (Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia) chamado de Plano Colômbia.
O Brasil exige garantias legais de que a atuação militar americana na Colômbia permanecerá restrita àquele território. A preocupação aumentou depois que foi revelado que os EUA terão na Colômbia aeronaves de alcance muito superior ao necessário.
Em resposta, a Colômbia pressiona para que, nesta terça-feira, sejam discutidas também as alianças da Venezuela de Hugo Chávez não só com a Rússia mas também com o Irã e suas suspeitas de envolvimento de outros países (em uma referência novamente à Venezuela e a Equador) com grupos narcotraficantes.
Desde e 2005, de acordo com a agência de notícias estatal russa RIA Novosti, a Venezuela comprou na Rússia desde aviões de combate até fuzis por cerca de US$ 4 bilhões. Semana passada, Chávez disse que recebe ajuda do Irã para desenvolver um programa nuclear civil em seu país, em uma entrevista ao jornal francês "Le Figaro".
Nos últimos anos, o Chile adquiriu fragatas e equipamentos do Reino Unido e da Holanda; o Equador comprou aviões Supertucano do Brasil, helicópteros militares da Índia e fragatas do Chile; e o Peru tem um plano de reequipamento de até US$ 650 milhões.
"Esperamos que ocorra um debate amplo na Unasul sobre o que está fazendo a região em termos de compra de armas, de luta contra o terrorismo, de n]ao gerar um ambiente e um clima hostil entre um país e outro", disse o chanceler colombiano, Jaime Bermúdez.
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