Publicidade
Publicidade
Ministro colombiano pede "cooperação sem ambiguidades" na região
Publicidade
da Folha Online
O ministro de Relações Exteriores da Colômbia, Jaime Bermúdez, disse nesta terça-feira que quer debater uma "cooperação internacional sem ambiguidades" na reunião extraordinária de ministros da Unasul (União das Nações Sul-Americanas) que acontece em Quito. Ele afirmou que seu país "considera inimigos o narcotráfico e o terrorismo".
Bermúdez chega à reunião sob questionamentos de todos os países-membros por causa do acordo que permitirá aos Estados Unidos manter 1.400 pessoas --entre militares e civis-- em até sete bases militares colombianas, pelos próximos dez anos. Os aliados afirmam que essa parceria não é nova e pretende somente combater o narcotráfico e as Farc (Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia).
Os países da região, no entanto, protestam, e mesmo o Brasil, de posição moderada, exige que a Colômbia dê garantias legais de que a atuação militar americana permanecerá restrita ao seu território, ao que o governo de Álvaro Uribe se recusa.
Em resposta, a Colômbia pressiona para que, nesta terça-feira, sejam discutidas também as alianças da Venezuela de Hugo Chávez não só com a Rússia mas também com o Irã e suas suspeitas de envolvimento de outros países (em uma referência novamente à Venezuela e a Equador) com grupos narcotraficantes.
"É preciso discutir os temas da presença do terrorismo na região, da compra de armas, dos acordos de cooperação com terceiros países, do tráfico. Todos os temas", disse Bermúdez, o ministro de Relações Exteriores colombiano. "O que nós queremos é a cooperação eficaz com todos e com cada um dos países, não só com os Estados Unidos."
Outro ponto que deverá ser debatido são as verificações propostas pelo presidente do Peru, Alan García, na última reunião de presidentes da Unasul, ocorrida em Bariloche. Na ocasião, ele pediu que o Conselho da Defesa da organização inspecione bases militares na região.
O ex-presidente da Colômbia Andrés Pastrana (1998-2002) criticou nesta segunda-feira (14) a compra de armas por governos e questionou o papel da Unasul. Numa crítica às recentes aquisições feitas por Brasil e Venezuela, ela disse considerar "muito grave" que as nações já tenham "submarinos nucleares, foguetes de pequeno ou longo alcance".
Desde e 2005, de acordo com a agência de notícias estatal russa RIA Novosti, a Venezuela comprou na Rússia desde aviões de combate até fuzis por cerca de US$ 4 bilhões. Semana passada, Chávez disse que recebe ajuda do Irã para desenvolver um programa nuclear civil em seu país, em uma entrevista ao jornal francês "Le Figaro".
No último dia 7, o Brasil assinou com a França um acordo para compra de helicópteros e submarinos, incluindo um nuclear. O país também estuda comprar 36 caças franceses.
Nos últimos anos, o Chile adquiriu fragatas e equipamentos do Reino Unido e da Holanda; o Equador comprou aviões Supertucano do Brasil, helicópteros militares da Índia e fragatas do Chile; e o Peru tem um plano de reequipamento de até US$ 650 milhões.
Leia mais sobre o acordo EUA-Colômbia
- Unasul debate militarização da região sob clima de desconfiança
- Chávez diz ter sido forçado a comprar armas diante de acordo EUA-Colômbia
- Na Unasul, Brasil insistirá em garantia colombiana por acordo com EUA
Outras notícias internacionais
- Vice dos EUA faz visita-surpresa ao Iraque para pressionar governo
- Presidente libanês inicia diálogo por novo premiê; Hariri deve voltar ao cargo
- Tribunal de Haia antecipa libertação da "Dama de Ferro" sérvia
Especial
Publicidade
As Últimas que Você não Leu
Publicidade
+ LidasÍndice
- Alvo de piadas, Barron Trump se adapta à vida de filho do presidente
- Facções terroristas recrutam jovens em campos de refugiados
- Trabalhadores impulsionam oposição do setor de tecnologia a Donald Trump
- Atentado contra Suprema Corte do Afeganistão mata 19 e fere 41
- Regime sírio enforcou até 13 mil oponentes em prisão, diz ONG
+ Comentadas
- Parlamento de Israel regulariza assentamentos ilegais na Cisjordânia
- Após difamação por foto com Merkel, refugiado sírio processa Facebook
+ EnviadasÍndice
avalie fechar
avalie fechar
avalie fechar