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15/09/2009 - 12h36

Ministro colombiano pede "cooperação sem ambiguidades" na região

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da Folha Online

O ministro de Relações Exteriores da Colômbia, Jaime Bermúdez, disse nesta terça-feira que quer debater uma "cooperação internacional sem ambiguidades" na reunião extraordinária de ministros da Unasul (União das Nações Sul-Americanas) que acontece em Quito. Ele afirmou que seu país "considera inimigos o narcotráfico e o terrorismo".

Bermúdez chega à reunião sob questionamentos de todos os países-membros por causa do acordo que permitirá aos Estados Unidos manter 1.400 pessoas --entre militares e civis-- em até sete bases militares colombianas, pelos próximos dez anos. Os aliados afirmam que essa parceria não é nova e pretende somente combater o narcotráfico e as Farc (Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia).

Os países da região, no entanto, protestam, e mesmo o Brasil, de posição moderada, exige que a Colômbia dê garantias legais de que a atuação militar americana permanecerá restrita ao seu território, ao que o governo de Álvaro Uribe se recusa.

Em resposta, a Colômbia pressiona para que, nesta terça-feira, sejam discutidas também as alianças da Venezuela de Hugo Chávez não só com a Rússia mas também com o Irã e suas suspeitas de envolvimento de outros países (em uma referência novamente à Venezuela e a Equador) com grupos narcotraficantes.

"É preciso discutir os temas da presença do terrorismo na região, da compra de armas, dos acordos de cooperação com terceiros países, do tráfico. Todos os temas", disse Bermúdez, o ministro de Relações Exteriores colombiano. "O que nós queremos é a cooperação eficaz com todos e com cada um dos países, não só com os Estados Unidos."

Outro ponto que deverá ser debatido são as verificações propostas pelo presidente do Peru, Alan García, na última reunião de presidentes da Unasul, ocorrida em Bariloche. Na ocasião, ele pediu que o Conselho da Defesa da organização inspecione bases militares na região.

O ex-presidente da Colômbia Andrés Pastrana (1998-2002) criticou nesta segunda-feira (14) a compra de armas por governos e questionou o papel da Unasul. Numa crítica às recentes aquisições feitas por Brasil e Venezuela, ela disse considerar "muito grave" que as nações já tenham "submarinos nucleares, foguetes de pequeno ou longo alcance".

Desde e 2005, de acordo com a agência de notícias estatal russa RIA Novosti, a Venezuela comprou na Rússia desde aviões de combate até fuzis por cerca de US$ 4 bilhões. Semana passada, Chávez disse que recebe ajuda do Irã para desenvolver um programa nuclear civil em seu país, em uma entrevista ao jornal francês "Le Figaro".

No último dia 7, o Brasil assinou com a França um acordo para compra de helicópteros e submarinos, incluindo um nuclear. O país também estuda comprar 36 caças franceses.

Nos últimos anos, o Chile adquiriu fragatas e equipamentos do Reino Unido e da Holanda; o Equador comprou aviões Supertucano do Brasil, helicópteros militares da Índia e fragatas do Chile; e o Peru tem um plano de reequipamento de até US$ 650 milhões.

Comentários dos leitores
eduardo de souza (480) 13/11/2009 13h15
eduardo de souza (480) 13/11/2009 13h15
claudia kabus, se fizerem uma pesquisa de quem apoia Hugo Chaves apenas 0,5% não aprovariam, adivinhe quem são esses 0,5%? 1 opinião
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J. R. (1157) 10/11/2009 21h36
J. R. (1157) 10/11/2009 21h36
'O ministro das Relações Exteriores, Celso Amorim, afirmou nesta segunda-feira que o Brasil está disposto, caso peçam, a atuar como mediador entre Colômbia e Venezuela para reduzir as tensões que levaram o presidente venezuelano, Hugo Chávez, a alertar sobre uma possível guerra.' - Creio que esse é o momento do Brasil endurecer a postura para que todos saibam que não toleraria incursões em seu território, já que uma eventual guerra entre FARC x Colômbia x Venezuela x Estados Unidos espirraria em nosso território, e a licitação dos caças do Brasil 'nem começou' ainda. Juiz de boxe também vai a nocaute às vezes ... 59 opiniões
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Juca Bala (84) 10/11/2009 18h31
Juca Bala (84) 10/11/2009 18h31
Foi bonita a festa de comemoração da queda do muro de Berlim e do fim do símbolo de um regime desumano e retrógrado. Será que o Chico vai cantar "Foi bonita a festa pá" rsrsrs. "A queda do muro --escreveu João Paulo 2°-- como a queda de perigosos simulacros e de uma ideologia opressiva, demonstraram que as liberdades fundamentais, que dão significado à vida humana, não podem ser reprimidas nem sufocadas por muito tempo".(Ou viva o neo-liberalismo) Santas palavras... ainda não aprendidas pelos muitos cabeças de bagre por aqui. sem opinião 1 opinião
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