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01/09/2003
-
19h15
da France Presse, em Bogotá
A reunião prevista entre representantes das Farc (Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia) e da ONU (Organização das Nações Unidas) revela que o movimento guerrilheiro assumiu a iniciativa política após vários meses de relativa inércia, dizem analistas.
"As Farc estão aplicando a estratégia de tomar a iniciativa e priorizar o aspecto político, já que não estão bem no aspecto militar", afirmou hoje o especialista em questões de segurança John Marulanda.
O alto representante do governo para a paz, Luis Carlos Restrepo, confirmou neste final de semana que representantes da ONU e das Farc estão planejando reunir-se no Brasil. Os guerrilheiros propuseram encontrar-se com o secretário-geral das Nações Unidas, Kofi Annan, ou com um de seus representantes.
Restrepo informou na semana passada que as Farc mantinham contato com James Lemoyne, enviado especial de Annan na Colômbia, e que o governo acreditava que este contato favoreceria um diálogo de paz.
As Farc também se mostraram dispostas a se encontrar com líderes católicos, desde que não atuem em nome do governo. A Igreja respondeu positivamente.
Atividade política
"As Farc estão ativas politicamente, dando provas da sobrevivência de reféns e incentivando o intercâmbio, e isso vai continuar", afirmou o ex-vice-presidente Humberto de la Calle, hoje.
Desde o fim do processo de paz com o governo de Andrés Pastrana (1998-2002), as Farc denunciaram uma falta de vontade do Estado em negociar, e pediram a assinatura de um acordo de troca de 70 reféns por 400 rebeldes presos.
O movimento guerrilheiro apresentou nas últimas semanas provas da sobrevivência de cerca de 20 reféns políticos e de cerca de 50 reféns militares e policiais.
O analista e assessor em questões de segurança Alfredo Rangel e o analista Vicente Torrijos afirmam que exigir do governo um resgate com sucesso total é pedir que não o tente.
Tanto Rangel como Torrijos acreditam que a insistência das Farc no intercâmbio se deve à "urgência" que elas têm de recuperar combatentes para a luta urbana, e não descartam a hipótese de que essas manobras políticas sejam acompanhadas de uma ofensiva militar.
"As Farc sempre acompanham suas propostas políticas de ações armadas. Eles combinam muito bem sua estratégia politico-militar, por isso é preciso ser muito cauteloso", disse Marulanda.
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Farc estão politicamente ativas na Colômbia, dizem analistas
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A reunião prevista entre representantes das Farc (Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia) e da ONU (Organização das Nações Unidas) revela que o movimento guerrilheiro assumiu a iniciativa política após vários meses de relativa inércia, dizem analistas.
"As Farc estão aplicando a estratégia de tomar a iniciativa e priorizar o aspecto político, já que não estão bem no aspecto militar", afirmou hoje o especialista em questões de segurança John Marulanda.
O alto representante do governo para a paz, Luis Carlos Restrepo, confirmou neste final de semana que representantes da ONU e das Farc estão planejando reunir-se no Brasil. Os guerrilheiros propuseram encontrar-se com o secretário-geral das Nações Unidas, Kofi Annan, ou com um de seus representantes.
Restrepo informou na semana passada que as Farc mantinham contato com James Lemoyne, enviado especial de Annan na Colômbia, e que o governo acreditava que este contato favoreceria um diálogo de paz.
As Farc também se mostraram dispostas a se encontrar com líderes católicos, desde que não atuem em nome do governo. A Igreja respondeu positivamente.
Atividade política
"As Farc estão ativas politicamente, dando provas da sobrevivência de reféns e incentivando o intercâmbio, e isso vai continuar", afirmou o ex-vice-presidente Humberto de la Calle, hoje.
Desde o fim do processo de paz com o governo de Andrés Pastrana (1998-2002), as Farc denunciaram uma falta de vontade do Estado em negociar, e pediram a assinatura de um acordo de troca de 70 reféns por 400 rebeldes presos.
O movimento guerrilheiro apresentou nas últimas semanas provas da sobrevivência de cerca de 20 reféns políticos e de cerca de 50 reféns militares e policiais.
O analista e assessor em questões de segurança Alfredo Rangel e o analista Vicente Torrijos afirmam que exigir do governo um resgate com sucesso total é pedir que não o tente.
Tanto Rangel como Torrijos acreditam que a insistência das Farc no intercâmbio se deve à "urgência" que elas têm de recuperar combatentes para a luta urbana, e não descartam a hipótese de que essas manobras políticas sejam acompanhadas de uma ofensiva militar.
"As Farc sempre acompanham suas propostas políticas de ações armadas. Eles combinam muito bem sua estratégia politico-militar, por isso é preciso ser muito cauteloso", disse Marulanda.
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