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02/09/2003 - 11h27

Ataque rebelde mata prefeito e dois policiais na Tchetchênia

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da France Presse
da Folha Online

O chefe da administração pró-russa da cidade de Tchetchen Aul (ao sul de Grozny, capital da Tchetchênia) morreu hoje em um ataque de um grupo de rebeldes, enquanto dois policiais tchetchenos foram mortos em um confronto com os separatistas, informaram fontes oficiais tchetchenas e russas.

O chefe da administração tchetchena pró-russa Ajmad Kadyrov acusou os combatentes separatistas de intensificar a atividade para "criar um clima de medo" a um mês da eleição presidencial organizada na Tchetchênia pelas autoridades russas.

O prefeito de Tchetchen Aul, Saipudi Tsitsaiev, morreu em sua residência ao ser atacado "por um grupo de cinco rebeldes" nesta madrugada, segundo o Ministério tchetcheno do Interior, citado pela agência Itar-Tass.

Além disso, dois policiais foram mortos em um ataque de rebeldes contra seu posto de controle na cidade de Nojei-Iurt (sudeste), na noite passada, segundo a mesma fonte.

"Nos últimos tempos, quase diariamente matam funcionários, líderes espirituais e policiais" tchetchenos, declarou Kadyrov, citado pela agência Ria-Novosti.

Violência

No sábado (30), 15 soldados russos morreram em 24 horas devido a ataques de rebeldes tchetchenos, segundo informações de um oficial do governo russo-tchetcheno que falou sob condição de anonimato.

Segundo a fonte, cinco soldados morreram quando um posto militar russo foi atacado com tiros. Outros dez caíram em uma emboscada e um dos solados acabou detonando acidentalmente uma armadilha explosiva.

Em respostas, a artilharia russa bombardeou quatro setores suspeitos de abrigar postos dos rebeldes tchetchenos, de acordo com o oficial.

Essas ações possuem as mesmas características das que fazem parte dos quatro anos do conflito russo-tchetcheno.

Os conflitos entre russos e tchetchenos, o segundo desde a última década, começaram em setembro de 1999 quando forças russas iniciaram uma nova ofensiva militar contra a Tchechênia, considerada uma república rebelde, alegando que a Província abrigaria rebeldes islâmicos que pretendiam estabelecer uma República fundamentalista no Daguestão, região vizinha à Tchechênia.

Segundo o governo da Rússia, os rebeldes seriam os responsáveis pelos atentados terroristas que deixaram quase 300 mortos em 1999.

Antes disso, em dezembro de 1994 a Rússia desencadeou a guerra contra a República independentista da Tchechênia. O conflito durou 21 meses, deixou milhares de mortos e terminou com a retirada dos russos. A Tchetchênia, que faz parte do território russo, passou a gozar de ampla autonomia

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