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03/09/2003
-
16h02
da France Presse, em Londres
O premiê britânico, Tony Blair, anunciou hoje que vai reorganizar seu dispositivo de comunicação numa tentativa de restaurar a credibilidade do governo, depois da renúncia, sexta-feira (29), de seu principal assessor, Alastair Campbell.
Até agora o mestre de cerimônias da comunicação oficial era o ex-jornalista político do jornal popular "Daily Mirror", Campbell, que apoiou Blair desde que acedeu à frente do Partido Trabalhista em 1994.
Ao passar da comunicação à manipulação, inclusive à propaganda, segundo seus críticos, Campbell se converteu na "bête noire" de uma parte importante da classe política e da mídia.
Escândalo
Comprometido num conflito com a rede de rádio e TV pública BBC, que afirmou que ele "exagerou" um informe publicado em setembro de 2002 sobre o arsenal iraquiano, Campbell se demitiu sexta-feira passada.
Pouco antes, depôs na investigação sobre o suicídio do especialista em armas David Kelly, principal fonte da reportagem da BBC.
O novo diretor de comunicação de Blair, David Hill, um ex-porta-voz do Partido Trabalhista nomeado sexta-feira, não terá o poder de dar instruções aos funcionários do governo de que desfrutava Campbell.
Estas mudanças respondem, de forma oficial, às recomendações de uma comissão criada para reformar a comunicação do governo depois de um escândalo que envolveu no ano passado uma conselheira do governo, Jo Moore.
E-mail
A 11 de setembro de 2001, enquanto os jornais se mobilizavam para cobrir os atentados nos Estados Unidos, Moore enviou uma mensagem eletrônica aos seus colaboradores indicando que esse era o "dia adequado" para publicar as potencialmente irritantes estatísticas sobre os transportes britânicos a fim de que passassem despercebidas.
Acusado de conceder mais importância à forma do que ao fundo e suspeito de ter mentido à opinião pública sobre a iminência do perigo iraquiano, Blair sofre atualmente uma forte perda de confiança junto ao seu eleitorado.
De acordo com uma pesquisa do instituto Yougov publicada sexta-feira pelo jornal "Daily Telegraph", 59% de britânicos estimam que Blair não é digno de confiança, ante 27% que pensam ao contrário.
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Blair reforma comunicação para restaurar credibilidade
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O premiê britânico, Tony Blair, anunciou hoje que vai reorganizar seu dispositivo de comunicação numa tentativa de restaurar a credibilidade do governo, depois da renúncia, sexta-feira (29), de seu principal assessor, Alastair Campbell.
Até agora o mestre de cerimônias da comunicação oficial era o ex-jornalista político do jornal popular "Daily Mirror", Campbell, que apoiou Blair desde que acedeu à frente do Partido Trabalhista em 1994.
Ao passar da comunicação à manipulação, inclusive à propaganda, segundo seus críticos, Campbell se converteu na "bête noire" de uma parte importante da classe política e da mídia.
Escândalo
Comprometido num conflito com a rede de rádio e TV pública BBC, que afirmou que ele "exagerou" um informe publicado em setembro de 2002 sobre o arsenal iraquiano, Campbell se demitiu sexta-feira passada.
Pouco antes, depôs na investigação sobre o suicídio do especialista em armas David Kelly, principal fonte da reportagem da BBC.
Reuters - 24.02.2003 |
Tony Blair, primeiro-ministro do Reino Unido |
Estas mudanças respondem, de forma oficial, às recomendações de uma comissão criada para reformar a comunicação do governo depois de um escândalo que envolveu no ano passado uma conselheira do governo, Jo Moore.
A 11 de setembro de 2001, enquanto os jornais se mobilizavam para cobrir os atentados nos Estados Unidos, Moore enviou uma mensagem eletrônica aos seus colaboradores indicando que esse era o "dia adequado" para publicar as potencialmente irritantes estatísticas sobre os transportes britânicos a fim de que passassem despercebidas.
Acusado de conceder mais importância à forma do que ao fundo e suspeito de ter mentido à opinião pública sobre a iminência do perigo iraquiano, Blair sofre atualmente uma forte perda de confiança junto ao seu eleitorado.
De acordo com uma pesquisa do instituto Yougov publicada sexta-feira pelo jornal "Daily Telegraph", 59% de britânicos estimam que Blair não é digno de confiança, ante 27% que pensam ao contrário.
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