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Hillary pressiona e diz que Irã deve decidir já se discutirá programa nuclear
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da Folha Online
A secretária de Estado americana, Hillary Clinton, disse nesta sexta-feira que o Irã deve decidir já se aceita a oferta dos Estados Unidos e de outras cinco potências para negociar sobre seu controverso programa nuclear.
Enquete: O Irã tem direito a um programa nuclear?
O alerta veio após uma semana de declarações do Irã a favor de um diálogo nuclear, desde que não inclua o tema mais importante para a comunidade internacional --o congelamento do programa nuclear iraniano que o Ocidente diz ter como objetivo a produção de armas.
Jim Young/Reuters |
Hillary Clinton diz que Irã tem que decidir já se vai querer negociar |
"Deixamos claro nosso desejo de negociar com o Irã", disse Hillary em declarações feitas a especialistas em política exterior do Instituto Brookings. "O Irã deve decidir já se vai se juntar a nós neste esforço", acrescentou Hillary.
No último dia 9, o Irã ofereceu uma proposta de diálogo nuclear ao grupo dos seis. O documento falava de "desafios globais", contudo não citava o controverso programa nuclear iraniano. O presidente iraniano, Mahmoud Ahmadinejad, afirmou que Teerã não está disposta a conversar com as grandes potências sobre o tema.
"A tecnologia nuclear pacífica é um direito legal e definitivo da nação iraniana, e o Irã não negociará com ninguém os seus direitos inalienáveis", disse Ahmadinejad.
Segundo uma cópia da proposta iraniana, obtida pela agência de notícias Associated Press, o texto iraniano ignora a exigência-chave da comunidade internacional, o congelamento dos processos de enriquecimento de urânio, e equivale a um manifesto clamando por uma nova ordem internacional na medida em que se diz apenas disposto a "embarcar em negociações abrangentes, globais e construtivas".
Irã e as seis potências --Estados Unidos, Rússia, China, França, Reino Unido e Alemanha-- devem se reunir em 1º de outubro próximo para iniciar o debate.
Hillary advertiu ainda que o Irã sofrerá mais sanções caso se recuse a negociar --uma proposta que enfrenta resistência da Rússia.
A secretária de Estado acrescentou que o "permanente desafio do Irã" terá "custos adicionais" e fez referência a "mais isolamento e pressões econômicas, menos possibilidades de progresso para o povo do Irã".
"Desde junho, vemos como o governo iraniano se envolveu em uma campanha de detenções por motivos políticos e de supressão da liberdade de expressão", assegurou Hillary.
Oportunidade
O embaixador iraniano na Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA) disse que o Irã acredita que as conversas do mês que vem com grandes potências preocupadas com sua estratégia nuclear representam uma verdadeira oportunidade.
"Esta é uma oportunidade nova e real que se abre para a nação iraniana", disse o embaixador Ali Asghar Soltanieh ao jornal "The Washington Post" em entrevista publicada no site do jornal nesta quinta-feira.
"O Irã deveria aproveitar a oportunidade sem demora nem hesitação", completou.
Soltanieh repetiu a posição do Irã de que não irá negociar seu direito de ter um programa nuclear com os EUA e outras potências estrangeiras. Ele disse que o encontro deveria ser um fórum para uma troca ampla de ideias.
"Se você me disser "Você deve", eu digo "não". Se você disser "por favor", a resposta pode ser "sim" ou "talvez"", disse o embaixador, antecipando o tom das discussões.
Leia mais sobre o programa nuclear iraniano
- Ahmadinejad diz que Irã nunca abandonará programa nuclear
- Conversas com Irã devem incluir questão nuclear, diz Hillary
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