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04/09/2003
-
17h42
da France Presse, em Londres
O primeiro-ministro britânico, Tony Blair, em sua primeira entrevista coletiva na volta das férias, defendeu hoje sua política em relação ao Iraque, embora não tenha anunciado novos reforços britânicos ao país.
Enquanto seu ministro das Relações Exteriores, Jack Straw, defende o envio de mais 5.000 soldados britânicos ao Iraque para evitar um "fracasso estratégico", segundo o jornal "Daily Telegraph", Blair disse que "não tinha tomado nenhuma decisão" a respeito.
O ministro da Defesa, Geoff Hoon, pediu uma "reavaliação das forças e dos recursos necessários para apoiar as operações britânicas no Iraque, diante dos acontecimentos das últimas semanas no país", onde há 10.500 soldados britânicos.
O fato de não terem sido encontradas armas de destruição em massa no Iraque e os ataques terroristas tornam incômoda a posição de Blair, principal aliado do presidente dos Estados Unidos, George W. Bush, no Iraque.
"Creio que o que temos feito no Iraque é justo", afirmou Blair, acrescentando que "não é momento de vacilar, mas de redobrar os esforços".
"As forças americanas e britânicas não são contra o povo iraquiano", disse Blair. Segundo o premiê, as forças da coalizão, junto com "a grande maioria dos iraquianos" enfrentam "um grupo reduzido de partidários [do ex-presidente] Saddam Hussein e uma quantidade crescente de grupos terroristas vindos do exterior".
Na volta das férias, Blair enfrentou a entrevista coletiva à imprensa mais incômoda de sua carreira.
Ele rejeitou todas as perguntas sobre a investigação do suicídio de David Kelly, um cientista do Ministério da Defesa que acusou o governo, segundo a BBC, de ter exagerado a ameaça que significava o Iraque de Saddam Hussein.
Blair se negou a responder a uma jornalista que lhe perguntou como pôde afirmar em 22 de julho à imprensa que não tinha autorizado a divulgação do nome de Kelly, quando na semana anterior admitiu que tinha presidido uma reunião dedicada à maneira como se divulgaria o nome do cientista.
Quando um repórter do jornal "The Guardian" (centro-esquerda) lhe perguntou se podia "citar um exemplo no qual teria ouvido os demais e mudado de opinião", Blair, normalmente um hábil comunicador, ficou sem voz por alguns instantes, visivelmente perturbado.
"Prossigo com meu trabalho porque acredito no que faço", disse Blair, descartando a possibilidade de renunciar.
Blair referiu-se à França e à Alemanha, membros do Conselho de Segurança da ONU que se opuseram à guerra, para lhes incentivar a cooperarem com os Estados Unidos e Reino Unido nos trabalhos de reconstrução do Iraque.
O premiê também mostrou-se duro com o Irã e condicionou a melhora das relações entre os dois países à resposta de Teerã "às demandas da comunidade internacional em matéria de armas nucleares", acabando também com "qualquer apoio a grupos terroristas".
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Tony Blair defende política britânica para o Iraque
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O primeiro-ministro britânico, Tony Blair, em sua primeira entrevista coletiva na volta das férias, defendeu hoje sua política em relação ao Iraque, embora não tenha anunciado novos reforços britânicos ao país.
Enquanto seu ministro das Relações Exteriores, Jack Straw, defende o envio de mais 5.000 soldados britânicos ao Iraque para evitar um "fracasso estratégico", segundo o jornal "Daily Telegraph", Blair disse que "não tinha tomado nenhuma decisão" a respeito.
O ministro da Defesa, Geoff Hoon, pediu uma "reavaliação das forças e dos recursos necessários para apoiar as operações britânicas no Iraque, diante dos acontecimentos das últimas semanas no país", onde há 10.500 soldados britânicos.
Reuters - 24.02.2003 |
Tony Blair, primeiro-ministro do Reino Unido |
"Creio que o que temos feito no Iraque é justo", afirmou Blair, acrescentando que "não é momento de vacilar, mas de redobrar os esforços".
"As forças americanas e britânicas não são contra o povo iraquiano", disse Blair. Segundo o premiê, as forças da coalizão, junto com "a grande maioria dos iraquianos" enfrentam "um grupo reduzido de partidários [do ex-presidente] Saddam Hussein e uma quantidade crescente de grupos terroristas vindos do exterior".
Na volta das férias, Blair enfrentou a entrevista coletiva à imprensa mais incômoda de sua carreira.
Ele rejeitou todas as perguntas sobre a investigação do suicídio de David Kelly, um cientista do Ministério da Defesa que acusou o governo, segundo a BBC, de ter exagerado a ameaça que significava o Iraque de Saddam Hussein.
Blair se negou a responder a uma jornalista que lhe perguntou como pôde afirmar em 22 de julho à imprensa que não tinha autorizado a divulgação do nome de Kelly, quando na semana anterior admitiu que tinha presidido uma reunião dedicada à maneira como se divulgaria o nome do cientista.
Quando um repórter do jornal "The Guardian" (centro-esquerda) lhe perguntou se podia "citar um exemplo no qual teria ouvido os demais e mudado de opinião", Blair, normalmente um hábil comunicador, ficou sem voz por alguns instantes, visivelmente perturbado.
"Prossigo com meu trabalho porque acredito no que faço", disse Blair, descartando a possibilidade de renunciar.
Blair referiu-se à França e à Alemanha, membros do Conselho de Segurança da ONU que se opuseram à guerra, para lhes incentivar a cooperarem com os Estados Unidos e Reino Unido nos trabalhos de reconstrução do Iraque.
O premiê também mostrou-se duro com o Irã e condicionou a melhora das relações entre os dois países à resposta de Teerã "às demandas da comunidade internacional em matéria de armas nucleares", acabando também com "qualquer apoio a grupos terroristas".
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