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Premiê de Israel defenderá expansão de assentamentos na ONU
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da Folha Online
O premiê israelense, Binyamin Netanyahu, defenderá a expansão de assentamentos judaicos na Cisjordânia no encontro previsto para esta terça-feira (22), em Nova York (EUA), com o presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, e com o presidente da Autoridade Nacional Palestina (ANP), Mahmoud Abbas.
O porta-voz de Netanyahu, Nir Hefetz, disse à rádio do Exército israelense que "nunca se ouviu o premiê dizer que congelará a construção de assentamentos, mas pelo contrário".
Segundo a imprensa israelense, a reunião trilateral promovida pelo presidente Obama é vista em Israel como um êxito de Netanyahu --que se negou a suspender a construção nas colônias no território ocupado, exigência dos EUA e condição fixada pelos palestinos para retomar o diálogo de paz.
"Há alguns políticos que consideram que parar a construção, ceder território nacional ou prejudicar os colonos em Judéia e Samaria é um ativo, algo que pode ajudar Israel", acrescentou Hefetz, ao se referir ao território ocupado da Cisjordânia.
"O primeiro-ministro Netanyahu não pode se incluir entre essas pessoas", afirmou Hefetz, acrescentando que os colonos na Cisjordânia são vistos como "irmãos".
Cerca de 500 mil israelenses vivem na Cisjordânia e em Jerusalém Oriental, território capturado na guerra de 1967, junto a 3 milhões de palestinos. A Corte Mundial considera os assentamentos ilegais e os palestinos dizem que as colônias impossibilitam a construção de um Estado próprio.
Israel assinou o acordo de paz apoiado pelos EUA em 2003 chamado "mapa do caminho", que exige o congelamento dos assentamentos judaicos.
Resistência
Na sexta-feira passada (18), o emissário americano para o Oriente Médio, George Mitchell, deixou Israel sem ter alcançado um acordo sobre a paralisação da colonização israelense e a retomada das negociações de paz na região.
Mitchell reuniu-se diversas vezes com o primeiro-ministro israelense, Binyamin Netanyahu, em Jerusalém, e com o presidente da Autoridade Nacional Palestina, Mahmoud Abbas, em Ramallah, na Cisjordânia.
Ele chegou a Israel no sábado passado (12) dizendo estar esperançoso sobre um avanço no tema. Mitchell vem tentando preparar um pacote pelo qual Israel congelaria as construções nos assentamentos na Cisjordânia ocupada e os países árabes dariam os passos iniciais para o reconhecimento de Israel. Washington espera que as duas coisas levem à retomada das negociações de paz israelo-palestinas, suspensas desde dezembro.
Embora as autoridades israelenses tenham aventado a perspectiva da suspensão do início de novas construções nos assentamentos, Netanyahu já disse que a construção de cerca de 2.500 unidades habitacionais para israelenses na Cisjordânia vai continuar e que a cidade de Jerusalém não será incluída em qualquer acordo relativo aos assentamentos.
Ele revelou a intenção de acelerar a colonização antes de anunciar uma eventual suspensão temporária. Segundo a rádio militar israelense, Netanyahu estaria disposto apenas a concordar com uma simples redução do número de novas construções na Cisjordânia, onde vivem 300 mil israelenses, e exclui qualquer limitação em Jerusalém Oriental, onde estão instalados 200 mil israelenses.
Com Efe e Reuters
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