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Paquistão detém líder de grupo radical acusado de ataques em Mumbai
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da Folha Online
O clérigo Hafiz Muhammad Saeed, considerado autor intelectual dos atentados terroristas de novembro de 2008, em Mumbai, na Índia, foi colocado pelas autoridades paquistanesas sob prisão domiciliar. Os ataques coordenados deixaram 172 mortos e agravaram a relação já tensa entre Paquistão e Índia.
Segundo a rede de TV paquistanesa Geo TV, a casa de Saeed foi cercada pela polícia e o líder da organização radical islâmica Jamaat-ud-Dawa está submetido a uma "restrição de movimentos".
Saeed foi libertado em junho pelo Tribunal Superior de Lahore, depois que a corte aceitou um recurso contra uma primeira detenção, ocorrida em 11 de dezembro de 2008. Ele foi acusado na semana passada por pronunciar, no mês passado, um discurso durante o qual defendeu a guerra santa e pediu fundos para a Jamaat-ud-Dawa.
A Índia pediu insistentemente ao Paquistão que tomasse medidas contra Said, como uma das condições para retomar o diálogo bilateral entre os países, que ficou congelado após os ataques de Mumbai.
A Índia acusa o Jamaat-ud-Dawa de dar cobertura ao grupo islâmico paquistanês Lashkar-e-Taiba, que estaria por trás do Mujahedin de Deccan (Deccan é um planalto no sul da Índia) --que, oficialmente, reivindicou a autoria dos ataques. O Lashkar-e-Taiba também teria sido fundado por Saeed.
"Mesmo se for uma tentativa [das autoridades] de salvar a cara, não tenho objeções. Meu pedido é que, já que foi detido, seja interrogado por seu papel durante o fato de novembro", disse à imprensa o ministro do Interior indiano, Palaniappan Chidambaram, ao saber da detenção.
O ministro de Interior paquistanês, Rehman Malik, afirmou em entrevista coletiva no sábado passado (19) que Saeed está sob investigação. "Nós prendemos o acusado apenas se temos evidência e eu garanto a meu colega indiano que se houver evidência contra [Saeed] durante nossa investigação, ele não sairá das garras da lei", disse Malik.
Suspeitos
Ao menos sete outros suspeitos pelos ataques de Mumbai participaram de audiência em uma corte na prisão de segurança máxima em Rawalpindi, perto de Islamabad. Até agora, nenhuma acusação formal foi emitida contra eles.
Os ataques terroristas coordenados atingiram regiões nobres de Mumbai, onde ficam dois de seus mais luxuosos hotéis, o Taj Mahal e o Oberoi Trident, o aeroporto internacional e o Café Leopold, frequentado por gente de Bollywood (a gigante indústria cinematográfica indiana).
Explosões também foram registradas em outros pontos, como a estação de trem Chhatrapati Shivaji, uma das mais movimentadas da Índia, delegacias e um hospital.
Com Efe e Associated Press
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