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Israel lança campanha para boicotar discurso de Ahmadinejad na ONU
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da Folha Online
O primeiro-ministro israelense, Binyamin Netanyahu, vai boicotar o discurso desta semana do presidente iraniano, Mahmoud Ahmadinejad, na Assembleia Geral da ONU (Organização das Nações Unidas), em Nova York (EUA). Segundo fontes do governo, Netanyahu lançou uma campanha para que outros países imitem sua atitude.
"Há alguns dias Ahmadinejad pronunciou um novo discurso de ódio: o simples fato de abandonar o salão no momento de seu discurso, ou de não estar presente, constitui um ato simbólico", afirmou Gabriela Shalev, embaixadora de Israel na ONU.
Shalev disse ainda que Israel está explicando aos demais países quão perigoso é o Irã e seu programa nuclear. O discurso de Netanyahu na ONU, previsto para quinta-feira (24), vai focar no Irã, segundo Shalev.
Na segunda-feira (21), Ahmadinejad disse estar orgulhoso de ter provocado reações de indignação e revolta entre os ocidentais por suas declarações negando o genocídio dos judeus durante a Segunda Guerra (1939-1945).
Na sexta-feira anterior (18), em um discurso durante o Dia de Jerusalém, uma marcha anual pró-palestinos, Ahmadinejad afirmou que o fato dos nazistas de Hitler terem usado câmaras de gás para matar 6 milhões de judeus na Segunda Guerra (1939-1945) é "uma mentira baseada em uma alegação mítica e não comprovada".
'A própria existência deste regime é um insulto à dignidade dos povos", afirmou, em referência a Israel, inimigo do Irã.
Desde que chegou ao poder pela primeira vez, Ahmadinejad provocou condenação internacional por dizer que o Holocausto é uma mentira e que Israel é um 'tumor" no Oriente Médio. Seu governo chegou a realizar uma conferência em 2006 para questionar o Holocausto.
O Irã não reconhece a existência de Israel e Ahmadinejad previu em várias oportunidades nos últimos anos o fim do Estado hebraico. Em 2005 afirmou que Israel deveria ser "apagado do mapa".
Reino Unido, Estados Unidos, Alemanha, França e Rússia condenaram publicamente as declarações de Ahmadinejad, que classificaram como repugnantes e inaceitáveis.
Com France Presse e Associated Press
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