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10/09/2003 - 17h22

OMS pede que Ásia não ceda ao pânico por ameaça de volta da Sars

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da France Presse, em Manila (Filipinas)

A OMS (Organização Mundial da Saúde) pediu hoje aos países asiáticos que não cedam ao pânico, após o anúncio, feito ontem, de um caso isolado de Sars (síndrome respiratória aguda grave) em Cingapura.

Segundo a OMS, o novo caso, que surgiu dois meses depois de a organização declarar a epidemia "sob controle", não é sinônimo de volta da doença, visto que nenhum outro caso foi detectado no mundo, graças aos eficazes sistemas de vigilância sanitária.

"É muito provável que se trate de um caso verdadeiramente isolado, certamente contraído em laboratório", declarou Shigeru Omi, diretor regional da OMS, em entrevista coletiva concedida em Manila, capital das Filipinas.

"Logicamente, trata-se de uma primeira avaliação e devemos esperar uma confirmação independente", afirmou Omi em alusão aos resultados esperados para a próxima semana dos exames que estão sendo feitos pelo centro de controle de doenças dos Estados Unidos.

"As autoridades de Cingapura tomaram todas as medidas de precaução necessárias e queria reforçar que não se deve ceder ao pânico", acrescentou Omi.

Os sistemas de vigilância aplicados em Cingapura e em outros países asiáticos são suficentes para detectar qualquer caso de Sars, afirmou o funcionário.

"Até o momento, não há nenhuma prova de uma transmissão humana local da Sars", continuou.

Dúvidas

Em Genebra (Suíça), um porta-voz da OMS disse ainda que o caso de Cingapura não representa uma ameaça pública e pôs em dúvida que se trate realmente de um caso de Sars, afirmando que o doente não corresponde aos critérios estritos definidos pela OMS.

"Os raios X não mostram [sinais] da pneumonia, mas outros exames mostraram que poderia se tratar de Sars. São resultados contraditórios", disse Fadela Chaib.

Em Manila, Omi recomendou aos países que fazem pesquisas científicas sobre o vírus que sejam extremamente prudentes. Segundo Omi, o caso de Cingapura diz respeito a um cientista que trabalhava com outro vírus (o chamado vírus do Nilo), mas que possivelmente se contaminou com o da Sars durante visita a um laboratório que estuda esta doença.

"É muito possível que esta pessoa tenha estado exposta ao vírus da Sars de uma forma ou de outra", apesar de ter visitado o laboratório dez dias depois de os últimos trabalhos sobre a Sars terem sido feitos.

Segundo a OMS, o vírus da Sars não pode sobreviver por um período tão longo em um meio hostil.

A pneumonia contaminou mais de 8.400 pessoas em 32 países do mundo e matou 916. Os primeiros casos foram registrados no sul da China, em novembro de 2002, e os últimos no Canadá, em meados de agosto passado.

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