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Rivais históricos, Índia diz que teve conversa construtiva com Paquistão
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da Reuters, em Nova York (EUA)
O ministro de Relações Exteriores da Índia disse que teve uma conversa "útil, construtiva e franca" com seu colega paquistanês neste domingo, mas não chegou a anunciar uma retomada de negociações plenas de paz entre as duas potências nucleares e rivais históricas.
Os ministros S.M. Krishna, da Índia, e Shah Mehmood Qureshi, do Paquistão, tiveram um encontro de cem minutos nos bastidores da reunião anual da Assembleia Geral da ONU (Organização das Nações Unidas), em uma nova tentativa de melhorar as relações afetadas pelos ataques terroristas contra Mumbai, na Índia, em novembro passado, que deixaram 172 mortos.
Krishna disse a jornalistas que tratou com Qureshi dos temores de Nova Déli em relação a grupos militantes cujas bases estão no Paquistão e que Qureshi lhe disse que Islamabad está tomando medidas contra esses grupos.
As relações entre os dois países foram congeladas após o ataque a Mumbai. A Índia suspendeu um processo de paz que já durava cinco anos, dizendo que o Paquistão teria que tomar medidas decisivas contra militantes que a Índia responsabiliza pelo ataque.
O encontro do domingo foi a quarta reunião bilateral entre Índia e Paquistão nos bastidores de reuniões internacionais desde junho. Mas o degelo vem sendo prejudicado pela oposição política na Índia e pelo que a Índia considera ser uma demora do Paquistão em combater o grupo militante Lashkar-e-Taiba, ao qual é atribuído o ataque em Mumbai.
Os Estados Unidos querem que os rivais nucleares reduzam a tensão entre eles e retomem o diálogo, para que o Paquistão possa voltar suas atenções ao grupo islâmico radical Taleban e à rede terrorista Al Qaeda na fronteira afegã.
Índia e Paquistão já travaram três guerras desde a independência, em 1947, e quase voltaram a entrar em guerra em 2002. Os dois países testaram bombas nucleares em 1998.
As décadas de hostilidade entre os dois países, centradas em sua disputa pela região da Caxemira, situada no Himalaia e de população majoritariamente muçulmana, vêm dificultando o comércio e os investimentos entre eles.
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