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04/10/2009 - 19h39

OEA aceita flexibilizar Acordo de San Jose para encerrar crise em Honduras

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da Folha Online

Após mais de três meses de crise política e dezenas de tentativas de mediar um diálogo, a OEA (Organização dos Estados Americanos) afirmou neste domingo que aceita modificar o Acordo de San Jose, proposto pelo mediador, o presidente da Costa Rica, Oscar Arias, para destravar o diálogo com o governo interino.

Veja a cronologia da crise política em Honduras
Veja galeria de imagens do conflito hondurenho

O acordo pleiteia, entre outros itens, a restituição do presidente deposto Manuel Zelaya, condição rejeitada pelo governo interino de Roberto Micheletti.

"Sem dúvida, se os próprios hondurenhos consideram que se pode modificar [o plano Arias], isso é absolutamente factível. Aqui não há nada escrito em pedra ou bronze", disse a jornalistas Víctor Rico, secretário de Assuntos Políticos da OEA.

Uma missão de representantes da OEA planeja chegar a Tegucigalpa na próxima quarta-feira (7), buscando criar as condições para que as partes no conflito dialoguem. Rico lidera uma missão do organismo que prepara a visita.

Micheletti afirma que o retorno de Zelaya ao poder não é negociável e que este deveria ser preso por supostamente violar a Constituição do país ao tentar abrir caminho para a sua reeleição.

Zelaya, que se refugia com a mulher e dezenas de aliados na Embaixada Brasileira em Tegucigalpa, cercada por militares e policiais, disse neste fim de semana que aceita modificações do acordo --mas alertou que não abre mão de sua restituição ao poder.

Rico disse ainda que a restituição do presidente deposto "é um ponto que até o momento entravou a possibilidade de acordo". "Mas precisamos justamente gerar condições que permitam resolver essas divergências que ainda persistem", afirmou, dizendo estar otimista com a missão de chanceleres.

Rico encabeça uma delegação de quatro funcionários da OEA, expulsos há uma semana pelo regime de fato e que voltou na sexta-feira para preparar a chegada de cerca de dez chanceleres e do secretário-geral José Miguel Insulza, para o início do diálogo.

"Esperamos que a viagem dos chanceleres tenha um resultado na resolução da crise. Não teria sentido vir uma comissão de chanceleres e o secretário-geral para que não haja um resultado positivo", enfatizou Rico.

A negociação tomará como ponto de partida o Acordo de San José.

A OEA exige a restituição de Zelaya. O presidente interino critica o chileno Insulza por ser parcial na mediação da crise e já vetou uma missão anterior do órgão, em agosto, pela presença do secretário-geral --que teve que participar apenas como observador.

Micheletti revelou nesta sexta-feira que teve um encontro secreto com Insulza em uma base militar dos EUA. Segundo o presidente interino, durante a conversa falou-se "de tudo", sem tocar na restituição do presidente Zelaya ao governo.

Comentários dos leitores
Luciano Filgueiras (94) 02/02/2010 17h52
Luciano Filgueiras (94) 02/02/2010 17h52
Sobre o comentário do nosso estimado Diplomata, dizendo ele, que o nosso país inspira o desarmamento mundial; apenas brinco: "Nosso Amorim é um gozador!... sem opinião
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sebastião chaves (9) 02/02/2010 15h19
sebastião chaves (9) 02/02/2010 15h19
como tem pirado escrevendo e enviando os seus comentários. os textos chegam ser manifestações de humorismo involuntário.
Peço àqueles que discordam das bobagens escritas, sejam condescentes com os pirados da silva.
Pai, perdoi, eles não sabem o que escrevem. Descansem em paz, pirados.
sem opinião
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John Reed (41) 02/02/2010 03h21
John Reed (41) 02/02/2010 03h21
A realidade é inexorável.
Ideologias fajutas não passam de blá-blá-blá porque são míopes para enxergar qualquer coisa. Mas certamente não querem ver nada porque acham que já pensaram em tudo. Aí quando a realidade contraria a 'verdade' ideológica as coisas começam a ficar violentas.
Já viu uma criança contrariada? Pois é. Parece que o brinquedo favorito do Coronel Presidente Hugo Chávez se recusa a funcionar como ele deseja. E isso acaba refletindo em alguns nesse fórum, que contrariados produzem textos violentos tanto no estilo quanto no conteúdo.
Uma política carioca, médica, disse (isso ninguém me contou), no ocaso dos países comunista pós Muro, que o ideal e modelo de país a ser seguido eram os da Albânia. Caramba! Isso tem 20 anos.
É pra dar medo: o que a crença em ideologias ou dogmas pode fazer com uma pessoa culta e inteligente. Como já disse, a realidade é desagradavelmente real para alguns.
2 opiniões
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